Mulheres marcham em Porto Alegre pelo fim da violência

Por Repórter Popular RS

No dia 8 de março de 2024, em várias partes do mundo ocorreram marchas como ato do Dia das Mulheres Trabalhadoras. Neste dia em Porto Alegre, diante da chuva na capital, o ato foi transferido para o dia 14 de março e aqui relatamos brevemente alguns temas que os grupos e as mulheres manifestaram como importantes nesse momento para essa luta.

Na última quinta-feira, 14 de março de 2024, em Porto Alegre, se marchou em verde e roxo e rubro-negro para dizer que não se deixa cair no esquecimento as que pela primeira vez marcharam num 8 de março contra a lógica patriarcal, machista, que submete as pessoas a um regime de gênero que produz violência por todos os lados.
As mulheres e grupos presentes  marcharam por aborto legal e no SUS; manifestam revolta diante do assassinato de Marielle Franco, que completou 6 ano no dia da manifestação, fazendo também memória e retrato da impunidade desse crime; dar relevância, nesse momento, à políticas públicas que acabem com a violência de gênero, na raiz em suas múltiplas faces; pelo fim da violência policial que assassina jovens, em sua maioria pretos e pobres, destruindo a vida possível nas suas comunidades.
Além disso, podemos perceber também um anseio pelo fortalecimento dos movimentos sociais, das ocupações urbanas, das casas de referência e demais coletividades que insistem em tornar possível a vida. Críticas ao papel do Estado na reprodução das violências de gênero e racismo dificultando iniciativas populares de organização.

Por fim, foram levantadas frases e palavras de solidariedade às mulheres palestinas, cujos corpos e vidas são atravessados pela ocupação militar israelense no seu território, que já completa mais de 75 anos e que desde o dia 7 de outubro se intensifica de forma genocida.

A marcha iniciou na Esquina Democrática no Centro de Porto Alegre e encerrou no Largo do Zumbi, na Cidade Baixa, e contou com a participação de mulheres e organizações que entendem esse ato como forma de organização coletiva e luta ativa frente à tantas violências, levantando  possibilidades de enfrentamento que envolvem questões de gênero e da dignidade da vida das mulheres!