Repórter Popular PR
Começou nesta quarta-feira (03) a greve nacional dos servidores técnicos e professores de universidades e institutos federais. O movimento grevista é organizado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) e deve paralisar mais de 250 colégios e institutos federais, em 21 estados de todas as regiões do país.
Os servidores entregaram uma pauta de reivindicações ao governo Lula/Alckmin em 2023, porém ainda não foram atendidos. O que exigem é a reestruturação da carreira dos técnicos-administrativos (TAEs) e docentes, recomposição salarial, revogação de todas as normas aprovadas pelos governos Temer e Bolsonaro que prejudicam a educação federal e a recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
De acordo com o SINASEFE, as negociações com o governo federal têm sido ineficazes, o que motivou a paralisação dos trabalhadores. A greve é por tempo indeterminado e, além de paralisar os colégios e institutos da rede federal, também contará com mobilizações nas ruas. Está programada a instalação de um Comando Nacional de Greve no dia 8 de abril, em Brasília (DF).
Paraná
No Paraná, os TAEs da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e do Complexo do Hospital de Clínicas (CHC), organizados com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest-PR), seguem em greve desde o dia 11 de abril.
Ontem (2), o Comando Local de Greve da UTFPR entregou a carta de reivindicações ao deputado federal Zeca Dirceu (PT), que fazia visita ao campus Santa Helena. Hoje (3), ocorreu um protesto dos servidores técnicos no centro de Curitiba (PR) pela valorização da carreira e reajuste salarial.
Durante a caminhada, os grevistas aproveitaram para dialogar com a comunidade local sobre os motivos do movimento paredista que já dura mais de 20 dias. Avançando no Paraná, a greve também deve contar com a adesão dos docentes da UFPR a partir do dia 15 de abril.
Criminalização da greve no CHC
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) venceu uma ação judicial movida contra a greve dos trabalhadores do Regime Jurídico Único (RJU), do CHC. Com a criminalização da paralisação pela justiça, os servidores foram orientados a retornar aos locais de trabalho. Segundo o Sinditest-PR, trata-se de uma decisão que fere o direito ao exercício de greve.
Até o momento, os trabalhadores seguem sem avanços nas negociações com o governo Lula