1º de Maio no Morro dos Macacos conta com diversas atividades sociais

Repórter Popular – RJ

Neste Dia do Trabalhador e Trabalhadora, Primeiro de Maio, a comunidade do Morro dos Macacos, zona norte do Rio de Janeiro, recebeu diversas atividades culturais e políticas promovidas pela Campanha de Luta Por Vida Digna.

Realizado na Arena Macacos, o evento foi construído através de diversos grupos que atuam no território e em outros espaços sociais, como o Coletivo Macacos Vive, o Grupo Entre Amigos, o Movimento de Organização de Base, o Mulheres Resistem, a Ação Comunitária Antifascista da Zona Oeste e a Resistência Popular Estudantil.

O evento se iniciou com uma atividade lúdica de colagem e pintura que agregou a criançada, que em seguida montou um varal com suas criações. As crianças também divertiram-se com uma oficina de bolhas de sabão.

De forma conjunta, foi realizada uma oficina de bordado de arpillera, técnica histórica usada por mulheres durante a ditadura de Augusto Pinochet, no Chile, para denunciar violações e driblar a censura. Através desta oficina, foram retratados vários elementos da vida na comunidade.

 

Durante todo o dia, foi servido um choripan, a linguiça na brasa com pão, para todos os presentes.

Em seguida, o Projeto Teatro Nômade contribuiu com diversos jogos do Teatro do Oprimido. O projeto, que oferece gratuitamente aulas de teatro e apresentações para estudantes de escolas públicas e movimentos sociais, impulsionou dinâmicas para refletirmos sobre as diversas facetas da vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

Por fim, foi realizado um cineclube, exibindo dois curtas que provocaram os presentes a refletir sobre a importância da data. O curta “Maio, Nosso Maio”, que nos lembra das raízes históricas do Primeiro de Maio, desde os Mártires de Chicago até os processos de luta em todo o mundo até os dias de hoje. Já o curta “Vida Maria”, nos instiga a pensar na questão do trabalho reprodutivo e de como o trabalho doméstico impacta na vida das mulheres.

Atividades de base como essa são fundamentais para o fortalecimento dos trabalhos sociais realizados no território, para marcar a data que nasce da luta social da classe trabalhadora e nos lembrar da importância histórica do Primeiro de Maio.