Por Repórter Popular PR
Em assembleias realizadas nesta terça-feira (9), os docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) deliberaram por aderir à greve nacional dos servidores federais da educação na próxima segunda-feira (15). O objetivo é pressionar o governo Lula/Alckmin a negociar.
Assim como os técnicos-administrativos em Educação (TAEs) da UFPR e UTFPR, que estão em greve desde o dia 11 de março, os professores das universidades exigem recomposição salarial, reestruturação da carreira e novas rodadas de negociações com o governo federal, que reluta em atender as reivindicações da categoria.
Na assembleia organizada pela Associação dos Professores das Universidades do Paraná (APUFPR), pelo menos 322 docentes foram favoráveis à greve, enquanto 175 foram contrários e 5 se abstiveram. As gestões da UFPR e da UTFPR já lançaram comunicados oficiais, nesta quarta-feira (10), em apoio à decisão dos docentes.
Quem também segue em greve, desde o dia 25 de março, são os Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná, como professores e servidores técnicos organizados com o Sindiedutec. Já os servidores federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, organizados com o Sinasefe, aderiram ao movimento paredista em 3 de abril.
Em todo o país, o movimento paredista vem tomando corpo e trabalhadores de quase 300 campi de Institutos Federais (IFs) estão em greve. Para além do Paraná, outras instituições federais de outros estados também já aderiram à paralisação, como a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
No Paraná, a greve afeta a UFPR, incluindo o Complexo do Hospital de Clínicas (CHC), a UTFPR e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), além de institutos e colégios federais no interior do estado. Conforme os sindicatos, a paralisação é por tempo indeterminado e segue com o calendário de mobilizações nos próximos dias para pressionar o governo Lula.
Pressionado, governo Lula informa que enviará contraproposta
Pressionado pela greve dos servidores da educação, o governo Lula informou, através da ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, nesta quinta-feira (11), que irá enviar uma contraproposta para os sindicatos em até 15 dias.
O governo não dialogava com os servidores federais da educação desde o dia 28 de fevereiro e a retomada aconteceu com a assinatura de um termo de compromisso. As informações foram dadas pela ministra em entrevista ao programa “Bom dia, ministro/a”, da EBC.
Já o presidente Lula, irá se reunir com os representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) ainda hoje para conversar sobre a greve.
Os grevistas exigem reajuste salarial, aumento no valor de benefícios, como auxílio alimentação e auxílio creche, reestruturação da carreira e aumento da verba pública para institutos, universidades e colégios federais. Em alguns segmentos da categoria, também é reivindicada a revogação do Novo Ensino Médio (NEM).