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No Ceará, hoje (8) é mais um dia de luta das Professoras e Professores da Rede Estadual de Ensino Básico

Por Robson Alves (Professor da Rede Estadual de Ensino Básico e membro do Movimento de Oposição Sindical – MOS)

Na última quinta-feira (04), circulou por todo o Brasil imagens da Assembleia Geral dos Professores e Professoras da Rede Estadual de Ensino Básico do Ceará. Em pauta estavam a avaliação da proposta da mesa de negociação, construída pela direção sindical da APEOC (entidade sindical do magistério cearense) e os técnicos de diversas áreas do governo, como SEDUC e SEPLAG.

Começada às 15h, o clima dos presentes na Assembleia era de total rechaço a proposta humilhante da diretoria sindical e governo. A Assembleia aconteceu sob um clima tenso, na medida em que todos viram a enorme quantidade de seguranças contratados e desde o início a direção sindical afirmou que não ia pôr em votação a greve, objeto da convocação no edital da Assembleia Geral.

Ao longo da Assembleia, tumultuada com insultos, provocações e ameaças dos diretores sindicais e seus seguranças, os professores e professoras responderam diversas vezes com gritos e apelos para pôr em votação a deliberação da greve. As professoras e professores deram um exemplo de disposição e firmeza permanecendo na Assembleia durante quatro horas, e as constantes recusas da direção sindical em pôr em votação a Greve culminou no pior.

Após a professora Rebeca Veloso pedir a fala por respeito a Assembleia e votar a Greve, foi agredida pelos seguranças da diretoria e a categoria reagiu em apoio a professora e a todo desrespeito e falta de democracia sindical. A sequência de tudo está gravada e divulgada aos quatro cantos, a direção sindical teve de sair da Assembleia aos gritos e cadeiradas. Contra a absurda agressão dos seguranças a professora, se seguiu nos últimos dias uma corrente de solidariedade com moções de apoio de várias escolas, entidades estudantis, sindicatos e outras instituições representativas, denunciando a atitude repressiva da direção sindical.

Ao final da Assembleia, a diretoria desligou os microfones e, por jogral, as professoras e professores decidiram manter o calendário da Greve, com manifestação marcada para hoje (8). Em pauta, a defesa dos pontos reivindicados pela categoria em sua campanha salarial 2024, que dentre vários pontos acumulados há anos, defende a equiparação salarial dos professores temporários com os professores efetivos, o pagamento do aumento de 5,62% retroativo a janeiro deste ano (a proposta do governo é pagar apenas a partir de agosto), promoções atrasadas e criação de pecúnia alimentação.

Hoje também se somam as professoras e aos professores diversas entidades que apoiam a manifestação da nossa categoria e também estão na luta em defesa dos seus direitos, como SINDUECE, SINDIFCE, SINDIURCA, SASEC, SENECE, ASSEEC, SINSEMPECE, SINDSAUDE, SINDSOP, SINDIPERITOS e SINDIODONTO. Convocamos todos e todas e se somar a justa luta em defesa da escola pública e dos direitos de todas e todos que nela estudam e trabalham. As palavras de ordem são: “Elmano caloteiro, pague o que nos deve! Greve Geral, Interior e Capital!