Moradores de Alegrete (RS) denunciam descaso em meio ao temporal

Por Reporter Popular – RS

Em meio à crise climática e à tragédia das enchentes e deslizamentos que assolam o Rio Grande do Sul em abril e maio de 2024, o Repórter Popular acompanhou a situação de Alegrete, onde mais uma vez moradoras e moradores sofrem com enchentes. Desde o ano passado, as pessoas vêm denunciando constantes enchentes e perdas inestimáveis, precisando retomar todo cuidado com suas vidas, lidar com a perda de casas e pertences; e toda tensão, tristeza e luta que vem depois.

Em meio ao feriado do Dia do Trabalhador, moradores de Alegrete enfrentam a precariedade em meio aos intensos temporais que assolaram a região. As famílias que já vinham se recuperando dos estragos do último ciclone agora enfrentam uma realidade ainda mais desafiadora, marcada por desmoronamentos, alagamentos, buracos abertos e destelhamentos.

As famílias já vinham se recuperando dos estragos do último ciclone e um período forte de chuvas em setembro e outubro de 2023. O Repórter Popular acompanhou, na época, a organização da comunidade e cobrança de prevenção, que parece não ter sido efetiva. Agora, enfrentam uma realidade de desmoronamento, alagamento, buracos abertos, destelhamentos.

Diná, moradora e integrante da comissão de luta dos bairros atingidos por enxurradas, denuncia: “A defesa civil nem sequer pisa aqui quando tem chuva forte”. Confira abaixo vídeo completo do relato da moradora (a matéria segue após vídeo).

 

Segundo relatos dos moradores, as obras da Prefeitura simplesmente pararam. Um dia antes dos temporais, a comissão se reuniu com o novo secretário de infraestrutura, que havia garantido a realização de trabalhos para melhorar as condições de vida das famílias. No entanto o tempo ruim e a grande demanda da cidade não colaborou para o socorro imediato. Agora, resta saber se no tempo bom o trabalho vai andar e a palavra e tarefa do município vai se concretizar. A comunidade clama por agilidade e pela garantia de cumprimento do último acordo.

“Estamos solidários com as demais comunidades que estão sofrendo pelos mesmos motivos e vamos continuar fortalecendo a organização comunitária pra acabar com o sufoco” afirma Lorena, outra integrante da comissão de luta dos bairros atingidos por enxurrada.

Diante desse cenário de precariedade e desamparo, fica evidente a urgência de medidas emergenciais por parte do poder público, bem como a necessidade de investimentos em infraestrutura e prevenção de desastres. Segue abaixo um vídeo do bairro após as chuvas.