Por Repórter Popular – SC
Na tarde de domingo, 15 de maio, marcharam pelas ruas do centro de Joinville manifestantes com faixas e gritos em defesa da legalização da maconha. O ato foi organizado pelo coletivo Marcha da Maconha Joinville. Antes dos manifestantes tomarem a cidade, um sarau com apresentações artísticas foi realizado na Rua das Palmeiras.
Os manifestantes denunciaram a guerra às drogas, ação de Estado com o objetivo de encarcerar pessoas negras e pobres, mobilizada pela manutenção das estruturas de dominação racista que historicamente tem na polícia seu agente repressor.
O ato, que tratou o tema de forma politizada, apresentou também como a discussão da legalização da maconha é assunto de saúde pública, abordando questões como o desenvolvimento de remédios e denunciando as políticas manicomiais que ganharam força no governo Bolsonaro.
A questão pela terra também foi abordada, pois, segundo um dos manifestantes, a luta também passa pela reforma agrária e a garantia de terra para todos, entendendo que o processo de legalização não deve ser controlado por latifundiários e pela indústria farmacêutica.
Com o intuito de demonstrar que esta é uma ação que interfere em diversos espaços políticos da sociedade, a Marcha da Maconha afirmou que a luta pela legalização é mais que uma ação individual, é uma luta coletiva antirracista em defesa de direitos como saúde, educação e terra.