A escalada recente dos conflitos entre Israel e Palestina na faixa de Gaza tem sido central em debates em todo o planeta. Diariamente recebemos informações e notícias sobre os horrores desta guerra, que incluem o bombardeamento de hospitais e escolas por parte de Israel, assim como o assassinato de centenas de crianças e dezenas de jornalistas. O Estado de Israel tem violado inúmeros acordos internacionais, praticando táticas de guerra que são consideradas crimes à humanidade. Confrotamo-nos cotidianamente com depoimentos de caráter etnocida do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
As instituições europeias aparentam já ter decidido seu lado neste conflito. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von de Leyen e o primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, rapidamente manifestaram seu apoio à limpeza étnica promovida por Israel, declarando que “a Europa está ao lado de Israel e do seu povo”. Em Porto, a fachada da Câmara foi iluminada com as cores da bandeira israelita.
Na quarta-feira (18), centenas de pessoas em Lisboa tomaram a Praça Martim Moniz para exigir a paz no Oriente Médio, os direitos do povo palestino e o fim do genocídio que vem sendo praticado em Gaza. Diferentemente das instituições europeias, a população de Lisboa entende que a paz só será alcançada a partir da liberdade e independência da Palestina. A manifestação foi convocada pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Oriente Médio (MPPM), pela Confedereção Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).
A praça foi tomada por bandeiras da Palestina, faixas e cartazes que acusavam Israel de estar praticando um genocídio com a cumplicidade de outras nações europeias. Houve manifestação de palestinas radicadas em Lisboa, que consideram essa situação como um novo regime de apartheid. Criticaram-se as investidas do primeiro-ministro Netanyahu, que tem agido em contrariedade às próprias recomendações da Organização das Nações Unidas. Manifestantes também demonstraram solidariedade à resistência histórica do povo da Palestina, que luta durante décadas contra o projeto colonialista de Israel e do próprio ocidente.
Na cidade do Porto, manifestação semelhante está programada para hoje (20) às 18h00 na Praça Batalha, assim como estão sendo organizadas vigílias diárias na Câmara Municipal e na praceta da Palestina. Em Lisboa, hoje (20) às 19h30, ocorrerá no espaço Sirigaita uma noite solidária para angariar fundos para a luta por uma Palestina livre. No sábado (21), um bloco de solidariedade com a Palestina foi convocada para participar da manifestação da Vida Justa, no Rossio, marcada para as 15h.
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