II Marcha Trans de Florianópolis exige condições materiais para saúde mental da comunidade

A matéria foi atualizada em 03 de fevereiro para contemplar outras informações trazidas por pessoas leitoras.

Por Repórter Popular – SC

Na segunda-feira, 29 de janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans, aconteceu a II Marcha Trans de Florianópolis. Cerca de 300 pessoas marcharam pelas ruas do centro da cidade após uma tarde de concentração na Praça da Alfândega, com falas e oficinas.

A temática do ato foi em memória a Drica D’arc (mulher trans ativista e estudante de Serviço Social da UFSC que fez a passagem no começo do ano), pautando a saúde mental da população trans e travesti. A manifestação reivindicou o acesso a direitos básicos como moradia, emprego, alimentação e transporte como pontos de partida para uma boa saúde mental, além do tecimento de redes de apoio entre pessoas trans e também pessoas cis aliadas.

A organização da Marcha foi autônoma em relação a partidos políticos e instituições, sendo composta por individualidades ativistas e coletivos como a Rede Trans UFSC, Rede Transmutantes, Casa das Duras, Coletivo Trans de Serviço Social Demétrio Campos, Apocalypse Cuier, Encontrans, o próprio grupo Marcha Trans – Floripa, entre outros. Contou-se também com o apoio do GAPA/SC – que cedeu espaço para a realização da Feira Drica D’arc, que aconteceu no sábado (27) como parte da programação da II Marcha Trans – Floripa.

Além da demanda por investigação sobre a morte de Drica D’arc, hormonização pelo SUS como um direito da comunidade, fim da Polícia Militar, fim da família nuclear, ocupação de espaços a nível nacional, empregabilidade, direito ao aborto e à saúde sexual, moradia e alimentação digna foram algumas das pautas trazidas pelos cantos e cartazes da manifestação, que encerrou com apresentações culturais no Bar Selva.