Os aplicativos de entregas de comida, compras de mercado, farmácia e de quase qualquer coisa que quisermos, tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos mas, principalmente agora durante a pandemia, esse serviço vem cumprindo um papel essencial na resistência ao COVID-19.
O aumento do número de entregas e da importância desse serviço durante esse período, não resultou em melhores condições e remuneração para os e as trabalhadoras destes aplicativos. Por isso, nas últimas semanas, entregadores de aplicativo da Rappi, Ifood, Uber Eats e Loggi, vem se organizando para o que tem se chamado de #BrequeDosAPPS, uma paralisação de todo o serviço de entregas nos principais centros no próximo dia 01 de julho.
Entre algumas das pautas levantadas pelo movimento estão o aumento do valor por Km, que continua o mesmo ou até mesmo mais baixo do que antes da pandemia, mesmo com as empresas lucrando como nunca. Fim dos bloqueios indevidos, há muitas alegações de bloqueios injustos realizados pelos aplicativos e sem nenhum diálogo com os entregadores. Auxílio pandemia, exigindo que os custos de EPI’s como alcool em gel e máscaras sejam pagas pelas empresas assim como uma licença caso algum entregador contraia o COVID-19 e possa ficar em casa. Fim da Pontuação e restrição de local, sistema que incentiva a competição entre entregadores e basicamente exigi que se trabalhe aos finais de semana para acumular pontos suficientes para poder trabalhar durante a próxima semana. Ainda há outras pautas como, seguro roubo e acidente além do aumento do valor mínimo.
O movimento que já se espalhou por todo o Brasil promete também unir força internacionalmente junto a Argentina, Chile, Costa Rica, México, Guatemala e Equador. E pode ainda ampliar forças com outros países.
Além disso, o movimento também prestará uma homenagem aos companheiros mortos pelo COVID-19, que possam ter contraído a doença durante o trabalho e que não obtiveram nenhum amparo dessas empresas de entrega.