Na manhã desta quinta-feira (12), Veronica Oliveira faleceu no Hospital Universitário de Santa Maria. Ela estava internada após um ataque a facadas.
Mulher trans, Veronica era uma importante ativista LGBTTQ+ na cidade e há 13 anos administrava um dos poucos alojamentos para acolhimento de transexuais e travestis. Com o nome da própria administradora, o Verônica Alojamento já recebeu mais de mil mulheres desde que foi criado, moças que sofriam e sofrem preconceito em casa e nas ruas e que buscavam auxílio.
A atuação de Veronica se mostrou essencial em Santa Maria, dada a escalada de violência contra trans e travestis na cidade. Nos últimos quatro meses, três mulheres foram assassinadas em Santa Maria. Em 7 de setembro, ainda na madrugada, Caroline Dias, de 27 anos, foi morta com um tiro nas costas. Na noite da mesma data, Nemer da Silva Rodrigues, de 37 anos, foi assassinada com 13 facadas.
Esses casos reforçam o lamentável 1º lugar que o Brasil ocupa entre os país que mais matam travestis e transexuais. Dos 314 casos registrados em 74 países entre 1º de outubro de 2018 e 30 de setembro de 2019, 132 ocorreram aqui em nosso país.
