No meio-dia de hoje, 23 de outubro, ocorreu um ato em apoio à revolta popular no Chile, em frente ao consulado do Chile em Porto Alegre (Rua Padre Chagas, 79). O ato concentrou algumas dezenas de manifestantes e representantes de movimentos sociais, que fizeram falas, empunharam bandeiras e cartazes, gritando palavras de ordem em solidariedade ao povo chileno, contra o governo neoliberal de Sebastián Piñera e o avanço do neoliberalismo na América Latina.
Desde a última sexta-feira, 18 de outubro, quando o governo de Piñera anunciou o aumento da tarifa do metrô de Santiago, o povo chileno decidiu sair às ruas e dizer “basta!” às políticas antipovo do governo. O aumento da tarifa, como já vimos por aqui em 2013, foi apenas o estopim para uma revolta generalizada que, mesmo com a repressão violenta dos carabineros (polícia chilena), levou Piñera a voltar atrás e revogar o aumento das tarifas.
Após a revogação, o povo chileno não recuou. Muito pelo contrário, avançou em suas reivindicações por uma vida mais digna para a classe trabalhadora, contra o aumento do custo de vida, da desigualdade social, e a privatização da saúde, da educação e da previdência. Em um ato de desespero face a um “poderoso inimigo” (nas palavras do próprio presidente), Sebastián Piñera decidiu acirrar a repressão ao levante popular, com toque de recolher e forte perseguição aos manifestantes, o que já ocasionou um saldo de ao menos dezoito mortos e um número ainda não determinado de desaparecidos.
Confira abaixo o vídeo gravado por militantes da Resistência Popular e do Ateneu Libertário A Batalha da Várzea em solidariedade ao povo chileno, que enfrenta com dignidade a forte repressão das forças policiais e do exército: