Elas são empregadas da CAB PRESTADORA DE SERVIÇOS EIRELI com sede no centro de Estância Velha RS e, de acordo com a consulta ao cnpj, tem como seu proprietário Vilmar Massena das Chagas.
Segundo as funcionárias e servidores municipais a empresa tem cerca de 50 empregadas como terceirizadas na saúde pública. O pagamento do 5° dia útil de dezembro se refere ao mês trabalhado de novembro, portanto já contam 10 dias de atraso salarial. Também haveria acumulado a falta de pagamento do 13° no dia 30 de novembro.
A reportagem pode apurar nesse ano pelo menos mais dois conflitos trabalhistas que envolvem a CAB na região, com terceirização de serviços. Em Gravataí no começo de janeiro houve atraso de salários e em Alvorada a tormenta das trabalhadoras durou meses para cobrar a dívida patronal com 13 salário e outros benefícios.
Sobre o caso de Cachoeirinha, o governo municipal publicou essa semana uma nota oficial dizendo que a empresa não apresentou documentação necessária pra fazer o pagamento das notas fiscais e que estaria acionando a justiça pra pagar diretamente as trabalhadoras.
É recorrente no regime de terceirização empresário e governo trocarem acusações e não tomarem responsabilidade pelo calote nas trabalhadoras.
Uma funcionária da CAB conta que “não sabe como vai ser pra pagar as contas do fim de ano e que a família tá muito apavorada”. Servidores municipais afirmam que algumas unidades de saúde estão com o serviço de higienização total ou parcialmente paralisado pela falta do salário e que apoiam essa decisão das colegas terceirizadas e cobram uma resposta urgente da prefeitura e da empresa.
Orlando Martins