Biblioteca comunitária publica nota de apoio a filme de Joinville atacado por vereadores

Por Repórter Popular – SC

A Biblioteca Comunitária Lutador Dito publicou nesta terça-feira (22) uma nota de apoio e solidariedade a produtora Fahya Kury Cassins e o filme “Gritos do Sul” que vem sendo atacados por vereadores de extrema direita da cidade de Joinville. O suspense tem como contexto a pandemia e a ascensão do fascismo na região Sul do Brasil.

Os ataques dos políticos foram organizados para manter o olhar da cidade como uma cidade da “ordem”, da “paz” e do “trabalho”, acompanhado do sistemático apagamento dos diferentes modos de viver e construir a cidade para além dos mandos da classe dominante. Os métodos visam silenciar uma mulher trabalhadora da cultura e a perspectiva crítica dela ao conservadorismo de uma parcela da sociedade joinvilense.

Confira a nota completa publicada pela biblioteca

“Rodear Fahya Kury Cassins de solidariedade

Nós, da Biblioteca Comunitária Lutador Dito, realizamos um trabalho de educação e cultura popular junto a Amorabi (Associação de Moradores e Amigos do Bairro Itinga). Pautamos uma educação independente e autônoma com objetivo de construir laços comunitários, em defesa dos direitos humanos fundamentais e mudar a sociedade rumo à vida digna com igualdade e solidariedade.

Por conta dos pontos levantados, recebemos com grande indignação os comentários de políticos da Câmara de Vereadores de Joinville e da Assembleia Legislativa de Santa Catarina em relação ao filme Gritos do Sul, realizado pela trabalhadora da cultura Fahya Kury Cassins. O filme contou com a aprovação do SIMDEC 2021, importante edital municipal para o fomento da arte e da cultura em Joinville.

Os ataques dos políticos foram organizados para manter o olhar da cidade como uma cidade da “ordem”, da “paz” e do “trabalho”, acompanhado do sistemático apagamento dos diferentes modos de viver e construir a cidade para além dos mandos da classe dominante. Os métodos visam silenciar uma mulher trabalhadora da cultura e a perspectiva crítica dela ao conservadorismo de uma parcela da sociedade joinvilense. Silenciar é censurar!

É a hora de toda comunidade de trabalhadores e trabalhadoras da cultura, assim como a população usuária dos espaços de cultura, arte e lazer rodear Fahya de solidariedade e demonstrar nossa repulsa ao ato de censura dos políticos locais. Nesse sentido, ficamos à disposição da Fahya para realizar a exibição do curta Gritos do Sul.

Silenciar é censurar!

Solidariedade é mais que palavra escrita!

Por um SIMDEC sem censura!”