Por Repórter Popular – SC
Ontem aconteceu um no centro da cidade de Laguna pela manutenção do transporte público e melhores condições para o atendimento primário à saúde. Foram mais de 50 pessoas que tomaram as ruas, caminhando desde a Igreja Matriz até Prefeitura Municipal, com cartazes que exigiam um transporte público digno e a saída do atual prefeito. Samir Ahmad (sem partido) está no centro de inúmeras denúncias de fraude de licitação e superfaturamento, o que fez com que a palavra de ordem mais presente durante todo o ato tenha sido: “fora Samir, o teu lugar não é aqui”. Empresário conhecido na cidade, Samir foi eleito prefeito em 2020, quando era filiado ao PSL, em uma coligação formada por seu então partido junto com PSD, PSDB e PRTB; não havia ocupado cargo político anteriormente.
O ato fez uma parada em frente ao Kilojão, empreendimento do prefeito, onde também foi cantado o hino da cidade. A maior parte dos trabalhadores e das trabalhadoras do comércio na rota da manifestação foram receptivos, alguns com palmas e se somando ao coro, assim como os pedestres e pessoas que estavam no trânsito inclusive trabalhadores da empresa de ônibus.
Segundo os presentes, a quantidade de pessoas nas ruas seria maior se não houvesse uma campanha de constrangimento por parte do poder municipal quanto participação de servidores no ato. Mesmo os que estão de férias ou não estavam em horário de trabalho, supostamente receberam a sugestão por parte da chefia que sua adesão à ação de rua poderia implicar em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
A questão do transporte público municipal foi pauta d ameaça do seu fim nos primeiros dias do ano. Enquanto muitas cidades no Brasil aderem à arifa ero no transporte público em Santa Catarina já são se, entre elas Ararngu, também no sul de Santa Catarina Laguna nada de braçadas na contra-mão. Por falta d repasses da Prefeitura, a empresa Laguna Transportes e Turismo (Lagunatur) os serviços, alegando um défict operacional de R$ 4,5 milhões causado na época da pandemia de covid-19. Linhas que fazem o trajeto do centro a Itapirubá, Ribeirão, Siqueiro e Farol de Santa Marta passaram a funcionar apenas com duas viagens no dia.
alegou em nota que a diminuição de horários foi realizada pela empresa sem seu consentimento e que aguarda a homologação judicial do acordo já firmado com a Lagunatur, que há anos indica uma possível paralisação do serviços. Hoje, após o ato, as linhas restabelecidas após novo acordo entre o executivo municipal e a conionária.
Para uma mudança n, necessário abrir uma licitação, o que poderia demorar meses. A grande questão é que o oder xecutivo não apresenta um bom histórico nesse tema. As liitações tomaram a vida política lagunense desde que vieram público as acusações de que uma sequência de processos licitatórios privilegiaram empresas ligadas a um empresário e ex-vereador da cidade, Roberto Carlos Alves, que já foi condenado por estelionato e teve seu mandato cassado na legislatura anterior (2016-2020).
Conhecido por ter uma relação próxima a Roberto Alves, o prefeito apontado p Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)a Câmara de Vereadores de Laguna como membro de uma organização criminosa que, junto com o empresário, fraudou licitações recentes. O exemplo é o chamado Kit Saúde, destinado a estudantes da rede pública e que foi entregue com cremes dental vencidos, licitado a um custo individual de R$599,80, enquanto o valor de mercado estimado é entre R$64 a R$72,27. O valor total do repasse é de 1,6 milhões de reais. Há outras pessoas apontadas como parte do esquema, entre elas o atual viceprefeito, Rogério Medeiros (PSD). O relatório da CPI foi na segunda-feira 08, em uma sessão histórica na Câmara de Vereadores que contou com a presença de , que ocuparam todo o p, a escada de acesso e a parte da frente do prédio público.
Tanto a presença massiva na sessão como o ato de ontem marcam a efervescência popular que toma a cidade, dada a indignação crescente com o poder municipal. Com uma lista de acusações que cresce a cada momento, pouca coisa parece segurar a gestão no poder, além da perseguição política que muito opositores alegam estar sofrendo.
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