Na última semana recebemos através das redes sociais uma denúncia de violência contra moradores de rua no centro de Porto Alegre. O fato ocorreu em frente a uma associação que presta auxílio a pessoas em situação de rua, na Rua Demétrio Ribeiro. Uma mulher foi ferida na cabeça, enquanto carregava um bebe de colo. A polícia que foi até o local somente coletou depoimentos das vítimas e de um dos três agressores.
De acordo com o relato de um morador do centro, que esteve no local durante o fato, tudo teria ocorrido por volta do meio dia na última quarta-feira (16). Enquanto um casal aguardava para ser atendido pela associação, três homens passaram na rua, alguns deles de skate. Foi quando o homem que esperava atendimento, teria alertado um desses homens de skate, que um caminhão quase havia passado em cima do skate. De acordo com o morador, foi nesse momento que uma discussão entre os três homens e o casal iniciou-se, entre gritos e ameças até a efetiva agressão, principalmente contra a mulher que carregava um bebê ainda no colo.
Moradores dos prédios ao redor e trabalhadores da associação foram até o local rapidamente e também foram intimidados e ameaçados. Ainda houve muitas ameaças direcionadas aos trabalhadores da associação que foram julgados por defender “essa gente” (palavras que teriam sido ditas por algum dos agressores).
A polícia foi acionada e um pouco antes de chegar, um dos agressores que mora próximo ao local teria dito que ia buscar uma arma em seu apartamento. Porém a polícia chegou em seguida e esse homem não retornou mais ao local.
No relato do morador ainda conta que “quando a polícia chegou ela foi direto nos moradores de rua. Um dos três homens já não estava no local, porque foi buscar sua arma. Um dos homens se apresentou de livre vontade para a polícia, e o terceiro apenas conversou com um dos policiais”. Apenas as vítimas e um dos agressores foram prestar boletim sobre o fato.
De acordo com o morador várias pessoas teriam registrado partes do ocorrido, porém ele não teria registrado. Nossa equipe tentou contato com alguns moradores porém as pessoas preferiram não se manifestar por medo, razão a qual a identidade do relator foi preservada, já que os agressores moram na mesma rua e parecem já ter histórico de situações similares. Também buscamos contato com a associação, através de suas redes sociais e até o momento não obtivemos nenhuma resposta.
Caso tenha mais informações sobre caso ou de outras situações de violência, contate o Repórter Popular através das nossas redes sociais ou pelo whatsapp em (51) 8960-6682.
*Por Repórter Popular RS