O sexto Encontro Latinoamericano de Organizações Populares Autônomas ocorreu de 14 a 16 de fevereiro, na sede da Escola de Samba União da Tinga, no bairro Restinga de Porto Alegre, Brasil. Os eixos de debate foram Terra, Recursos Naturais e Biodiversidade; Espaço Urbano; Direitos Humanos; Raça e Gênero; Trabalho e Organização Sindical; Comunicação e Cultura; e Educação. Em cada eixo de debate, foram elencadas as formas de dominação e as formas de resistência, bem como ações comuns a serem desenvolvidas.
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O Encontro contou com a participação de companheiras e companheiros do Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha – SIMCA (RS, Brasil), CPERS Sindicato (RS, Brasil), Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul – SEMAPI-RS (Brasil), Cozinha Comunitária da Restinga (RS, Brasil), Fórum de Educação da Restinga (RS, Brasil), Movimento Nacional de Luta por Moradia – MNLM (Brasil), Levante Popular da Juventude (Brasil), Movimento Nacional dos(as) Catadores(as) de Materiais Recicláveis – MNCR (Brasil), Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS, Brasil), Muralha Rubro Negra (RS, Brasil), Pastoral da Juventude (Brasil), Resistência Popular (Brasil), Ateneo Germinal (Uruguai), Federación de Organizaciones de Base – FOB (Argentina), Movimiento Nacional Campesino Indígena – MNCI (Argentina), Red Tinku (Bolívia), entre outros movimentos.
Em relação à conjuntura política nos países, um trecho da convocatória do encontro afirma:
Os movimentos populares do Continente estão, em geral, em uma posição mais ofensiva do que há cinco anos. Na aparência, a América Latina está mais à esquerda. Temos governos que se dizem de esquerda e governam por direita, governos nacionalistas e outros de meio termo. Afirmando a opção bolivariana, com distintos matizes, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador e Hugo Chávez na Venezuela acumulam décadas de ódio de classe e organização popular. A encruzilhada para estes povos está em saber se esta adesão critica a um governo inspirado em Simón Bolívar vai atingir a marca de auto-organização e poder popular. No Brasil, Chile e Uruguai a situação é ao inverso. Governos ditos de esquerda mas orientados para a subordinação neoliberal destes países. O uruguaio Tabaré Vázquez e a Frente Ampla flertam abertamente com George Bush, servindo como uma cabeça de ponte para a aliança Lula-Bush em troca de esmolas. No Chile, Michelle Bachelet se esquece da condição de ex-torturada e presa política, afiando as garras da Concertación e aumentando a repressão de rua.
O evento foi marcado por uma marcha de rua realizada com o conjunto da companheirada presente, que fechou a 3ª Perimetral e acabou enfrentando a repressão da Brigada Militar em frente à PUC-RS, onde ocorria a Conferência Mundial das Cidades. Uma nota da Comissão Organizadora do VI ELAOPA explica o ocorrido.
Leia aqui um relato e as conclusões do VI ELAOPA em espanhol.
Confira abaixo alguns vídeos e imagens do VI ELAOPA.