Velas, uma coroa de flores, faixas e panfletos. No fim da tarde desta quarta-feira, os/as trabalhadores/as da educação da cidade de Maricá realizaram um ato simbólico na prefeitura da cidade (centro), exigindo a imediata revogação do indicativo das aulas presenciais na rede pública no município. O dia de hoje bateu um triste recorde de mortes por covid-19 no Brasil (2286) e a epidemia em Maricá, já contabiliza 260 mortos.
A Secretaria de Educação de Maricá vem pressionando educadores da rede pública municipal a retornar às aulas presenciais, mesmo sem vacina. O argumento utilizado pela Secretaria de Saúde é que há um platô epidemiológico na cidade cujos índices estariam supostamente sob controle. Tal posição contraria os estudos científicos que apontam que não há protocolo de retorno seguro sem vacina. Além disso, o boletim diário sobre a covid-19 no município passou a ser divulgado semanalmente ao invés de diariamente, como era feito, desde o início da pandemia no município, o que dificulta o acompanhamento dos índices pela sociedade maricaense.
Os sindicatos da educação da rede estadual e municipal contestam desde o anúncio do retorno presencial tal indicativo e também reclamam da total falta de diálogo da prefeitura com a categoria. As duas redes estão em estado de greve das atividades presenciais e os trabalhadores da educação relatam que em outros estados, a abertura das escolas aumentou a circulação de vírus e vitimou professores e alunos.
Os trabalhadores da educação também defendem a vacinação em massa da população maricaense e brasileira, assim como a manutenção de um auxílio-emergencial digno. Diversos educadores apontaram a irresponsabilidade da prefeitura de Maricá ao pressionar a educação para um retorno presencial no mais grave momento da pandemia de covid-19 no Brasil.
Os educadores e educadoras prometem mais atos, panfletagens e mobilizações de alerta aos/às trabalhadores/as de Maricá-RJ, até que a prefeitura revogue o indicativo de aula presencial e a vacinação da comunidade escolar e da população maricaense seja efetuada.
Repórter Popular – Maricá (RJ)
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