Damos continuidade à matéria prévia, que lança as cartilhas sobre violência colonial contra mulheres. Este material aborda de forma específica e denuncia alguns dos tipos de violência que mulheres indígenas podem sofrer. Estas violências são um processo continuado de um Brasil colonial e racista.
Em 6 meses, povos indígenas foram duramente atacados pelas queimadas, invasões do garimpo e sua decorrente violência, contaminação trazida por pessoas externas às aldeias, cortes nos programas e direitos sociais, incluindo veto governamental sobre a obrigação de distribuição de água potável, leitos para atendimento desses povos em decorrência da Covid-19, cestas básicas, itens de higiene e limpeza para manutenção da limpeza das aldeias. O descaso também é um ataque e uma forma de negar a existência dessa população.
Certamente as mulheres indígenas, frente a todos esses tipos de violência, tornaram-se ainda mais vulneráveis. Entre lutos e lutas, estas mulheres lideraram o enfrentamento da pandemia, sendo verdadeiras anciãs guiando seu povo a sabedoria, espiritualidade fortalecida, apoio com abastecimento de cestas básicas e demais ações de proteção ao seu povo.
Confira abaixo a Cartilha sobre violência colonial contra a mulher indígena:
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Você também pode baixá-la clicando aqui.
Para concluir, deixamos aqui uma mensagem das mulheres zapatistas no ano de 2018:
ACENDEMOS UMA PEQUENA LUZ EM CADA UMA DE NÓS.
ACENDEMOS COM UMA VELA PARA QUE PERMANEÇA, PORQUE COM FÓSFORO RÁPIDO SE ACABA E COM UM ISQUEIRO PODE SER QUE ESTRAGUE.
ESSA PEQUENA LUZ É PARA TI.
LEVA, IRMÃ E COMPANHEIRA.
QUANDO SE SINTA SOZINHA.
QUANDO TIVER MEDO.
QUANDO SENTIR QUE É MUITO DURA A LUTA, OU SEJA A VIDA.
Nossa força move o mundo, lutamos por vida digna!