São Paulo | Professores acampam na Câmara de SP contra desmonte da Previdência Municipal. Categoria organiza atos para hoje e amanhã

Professores municipais de São Paulo iniciaram acampamento nessa madrugada contra “Reforma Previdenciária Municipal”

Na madrugada desta quarta-feira, 14, professores da rede municipal de São Paulo montaram um acampamento em frente à Câmara Municipal da capital paulista contra a implantação do SampaPrev, medida que de fato implementa uma “Reforma Previdenciária” específica contra o funcionalismo público da cidade.

A mobilização faz parte do plano de greve decretada na última quinta-feira pela categoria e diversos outros profissionais da educação público da capital contra o Projeto de Lei nº 621/2016, que institui a reforma da previdência municipal, materializado na criação do Sampaprev.

O projeto, criado na gestão Fernando Haddad (PT) e resgatado por João Doria (PSDB), visa ao aumento da contribuição para a aposentadoria de 11% para 14% e, ainda, um desconto complementar de mais 5% dos salários para os profissionais que atingirem o teto do INSS (atualmente, R$5.645,80), que será destinado para um fundo privado.

Em pouco mais de um ano de gestão, a gestão Doria se destacou pelo pouco apreço às demandas sociais que afetam diretamente a população: promoveu cortes nas verbas da educação, fechou postos de saúde, aumentou o valor da passagem do transporte público e prevê a extinção de importantes linhas de ônibus que interligam as periferias ao centro da cidade.

Por meio da reforma previdenciária, sua administração almeja o rebaixamento dos salários dos funcionários públicos municipais, afetando também, consequentemente, os serviços prestados à população.

É fundamental que toda a população da cidade se engaje nessa luta: defesa
da qualidade do atendimento dos serviços públicos é de interesse de todos, assim como também é importante que as demais categorias do
funcionalismo público do município de São Paulo façam a adesão ao
movimento para garantir seus direitos à aposentadoria e a um salário digno.

Além de acampamento, professores e outros profissionais do ensino público de São Paulo organizaram atos regionais pela cidade

A adesão à greve já atinge cerca de 93% das escolas e o movimento só está crescendo. Nesta quarta, 14, acontecerão manifestações organizadas pelos comandos de greve regionais ao longo do dia – como no bairro do Jaçanã, na Zona Norte.

Na última madrugada, professores iniciaram o acampamento em frente à Câmara Municipal em resposta a ameaça da Prefeitura em antecipar etapas na implementação do SampaPrev.

Amanhã, 15, acontecerá uma audiência pública às 15h na Câmara Municipal para tratar do SampaPrev e um ato foi marcado pelos professores neste mesmo local. Toda solidariedade será fundamental para garantir que este ataque não passe.

Por uma greve unificada dos servidores públicos municipais!

Não ao Sampaprev! Não à reforma da previdência! Não aos ataques aos serviços públicos! Pela construção do poder popular!

Toda solidariedade à greve dos professores do município de São Paulo!