Os estudantes do Centro Acadêmico de Psicologia da Unisinos de Porto Alegre (CAEP) foram impedidos de realizar uma atividade de debate político marcada para esta quinta (25), por proibição expressa da reitoria, em acordo com o Ministério Público do Estado.
A atividade, que pretendia se chamar “Democracia em xeque: debate sobre as propostas para o Brasil”, tinha como objetivo debater os programas de cada candidato à Presidência do país e as consequências possíveis, a partir das reflexões de um coletivo de professores, advogados e sociólogos de dentro e de fora da Universidade.
Questionados pelos órgãos da Universidade, incessantemente, sobre o teor da atividade, os alunos do CAEP foram chamados para uma reunião abruptamente, onde autoridades da UNISINOS informaram que estavam acatando medidas de segurança e, sobretudo, a recomendação do Ministério Público, expedida no dia 17 de Outubro, que pretendia proibir o ato “Unisinos pela Democracia”, ocorrido na última quarta-feira.
Os casos de atividades, encontros, marchas e comícios impedidos legalmente ou violentamente de acontecer se multiplicam em todo Brasil. O cancelamento da atividade, que os estudantes de Psicologia caracterizam como “mais um episódio do avanço do conservadorismo violento, em conjunto com um setor reacionário e militante do judiciário, […] e o início de tempos sombrios que se anunciam, é o começo do que pode estar por vir”.