Por Repórter Popular – SC
Ontem, 8 de março, foi o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora e, em Florianópolis, a data foi marcada por manifestação no centro da cidade. Mesmo com chuva durante todo o dia, cerca de 400 pessoas compareceram no ato no final da tarde, marchando pela vida das mulheres e pessoas trans, travestis e não-bináries, conforme o tema da manifestação desse ano: “TRANSformando luto em luta”.
A concentração teve início às 14h, com saída do Largo da Alfândega em direção a Praça XV às 18h, com um trajeto encurtado devido à tempestade. O ato contou com uma mística das mulheres de terreiro, que denunciaram a perseguição que estão sofrendo judicialmente, assim como com ações de apoio a luta das mulheres palestinas, que enfrentam a intensificação do genocídio de seu povo desde outubro do ano passado.
Durante o percurso, quem estava na manifestação se dividiu em diferentes alas temáticas, marcando os movimentos da cidade e a organização das mulheres e pessoas trans. Foram um total de seis alas, sendo elas: a ala das crianças; a ala Miss Jujuba das palhaças e artistas do circo; a ala das mulheres de Axé; a ala Drika D’Arc de resistência trans; a ala Carol Câmpelo das mulheres lésbicas e sapatões; e a ala Nega Pataxó da luta por terra e território. A marcha terminou ao retornar ao Largo da Alfândega, onde a programação foi encerrada com atrações culturais, como banda Apocalypse Cùier, Mana Moa MC, Jehnny Glow e Cia Abelha.
Organizada pela Frente Feminista 8M, a data na cidade foi marcada não só pelo ato, mas também por outras atividades que ocorreram durante a semana, como feiras, oficinas e debates, todas na perspectiva do feminismo transinclusivo. A importância do mote deste ano foi lembrada nas falas feitas durante a manifestação. As pautas também incluem: combate à violência de gênero, saúde universal e assistência especial às mulheres cis e pessoas trans; aborto livre, seguro e gratuito para todas as pessoas com útero; e contra o feminicídio, rememorando especialmente Carol Câmpelo, Drika D’Arc, Julieta Hernández e Nega Pataxó.
Outras cidades de Santa Catarina marcharam sob o mote “TRANSformando luto em luta”, como Joinville, Blumenau, Jaraguá do Sul e Lages. Em outras cidades, como Chapecó, ações aconteceram marcando a data e reivindicando pautas como a luta pelos nossos corpos e por território.
Crédito da foto: Coletivo PinteLute