Com a iniciativa do Fórum de Mulheres de Joinville, que coloca em pauta o feminismo de classe, coletivos, organizações e partidos políticos participaram das mobilizações pelo Dia Internacional da Mulher. Uma programação foi criada para os dias 8 e 9 de março, nas cidades de Joinville e Araquari.
No domingo (8), a programação começou com uma roda de conversa no bairro Jardim das Oliveiras, em Araquari. O Baque Mulher, grupo feminista de maracatu, contribuiu com uma oficina. As ações aconteceram em um bairro que sofre risco de desocupação, como já foi relatado pelo Repórter Popular.
Na parte da tarde, em Joinville, a Praça Tiradentes recebeu eventos. As pessoas que foram na praça do bairro Floresta tiveram uma roda de conversa sobre gênero e relações de poder, varal literário, oficina de estampas e confecção de faixas e cartazes para o dia 9. Cartazes com os rostos de Louise Michel e Lucy Parsons foram expostos na praça, pela memória de mulheres que lutaram por direitos.
Mensagens contra a reforma da previdência, que ameça mulheres trabalhadoras, também foram penduradas na Praça Tiradentes. Conforme um cartaz, elas relembraram as estatísticas de 2018 em Joinville: 1.686 casos de violência doméstica, 3.948 estupros e 21.147 casos de lesão corporal. Ainda não esqueceram de Marielle Franco, continuam lembrando que mulheres negras morrem mais que mulheres brancas.
Na segunda-feira (9), aniversário de Joinville, as atividades do Dia Internacional da Mulher encerraram na Avenida Beira Rio, palco da repressão da Polícia Militar de Santa Catarina, que acabou com o carnaval de rua. Com a intenção de defender uma vida digna, educação, lazer, transporte público e segurança, as pessoas desfilaram pela Avenida Beira Rio, encerrando o feriado na luta por direitos.