Saúde da mulher e redução da mortalidade materna são temas de exibição de filme em Florianópolis

Por Repórter Popular – SC

A data de 28 de maio marca o dia internacional de luta pela saúde da mulher e dia nacional de redução da mortalidade materna. É nesse contexto que a Frente Catarinense de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto promoverá um cine debate, que tem como objetivo aumentar a visibilidade sobre o assunto. 

A atividade contará com a exibição do documentário “Incompatível com a Vida” (2023), da diretora Eliza Capai. Na sequência, haverá um debate com a participação da Associação de Doulas de Santa Catarina (ADOSC) e do grupo de apoio e acolhimento “AMPARO ao Luto Perinatal”. Na oportunidade, a Frente Catarinense estará recebendo doações que serão enviadas para as pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O objetivo é conseguir produtos de higiene no geral, como fraldas e absorventes.

O cine debate será no dia 28/05 (terça-feira), a partir das 19h, no Auditório do Sinjusc, que está localizado na avenida Mauro Ramos, 448, no Centro de Florianópolis.

Saiba mais sobre a dimensão internacional do 28 de maio

Em 1987, durante a Conferência Internacional sobre Saúde da Mulher, que aconteceu na Costa Rica, a Rede de Saúde das Mulheres Latino-Americanas e do Caribe (RSMLAC) propôs que essa data fosse anualmente celebrada como um dia de ação e luta. Desde então, ações globais e regionais são coordenadas em torno do dia 28 de maio, com o intuito de fazer circular entre a sociedade questões sobre o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva.

A cada ano são definidas temáticas mais específicas, que tornam-se o foco das ações políticas organizadas regional e globalmente. A Rede Global de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos lidera ações de âmbito global, enquanto a Rede de Saúde das Mulheres Latino-Americanas e do Caribe (RSMLAC) lidera as ações regionais. Para este ano, a temática global é “Mobilizando em tempos críticos de ameaças e oportunidades”. Já a temática regional comemora os 40 anos de história da rede latino-americana e caribenha, sob a campanha “A saúde será feminista”. As coordenações global e regional buscam oferecer recursos financeiros para auxiliar nas ações promovidas.

Sobre o documentário

“Incompatível com a Vida”, documentário qualificado para o Oscar 2024, é o quarto e mais pessoal longa-metragem da diretora Eliza Capai. Nele, ela registra uma dolorosa experiência pessoal: em 2020, grávida de 14 semanas do primeiro filho, ela recebeu o diagnóstico de que uma malformação tornava inviável a vida do bebê – ele morreria durante a gestação ou pouco após o parto. Aconselhada pelos médicos a interromper a gravidez, Capai pôde fazer isso legalmente e pelo sistema público de saúde porque estava morando em Portugal, onde o aborto foi descriminalizado em 2007. No Brasil, porém, interromper uma gestação incompatível com a vida somente é considerado legal quando for diagnosticada anencefalia fetal (no caso de outras malformações, precisa de decisão judicial). Esta realidade levou a diretora a conversar com seis mulheres brasileiras que receberam o mesmo diagnóstico que ela, e que também contam suas histórias no documentário. O filme nos convida a refletir sobre vida, morte, a importância das políticas públicas direcionadas à saúde física e psíquica de gestantes e o direito ao aborto legal e gratuito.
Texto com informações do site mulhernocinema.com.

É possível acompanhar essa e outras atividades organizadas pela Frente Catarinense de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto no instagram @frentecatarinenseabortolegal.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *