XI ELAOPA | Convocatória e programação

XI ELAOPA – Criando o Poder Popular desde baixo!

Completamos 12 anos desde a primeira edição do ELAOPA em 2003 e seguimos por nossa América Latina orientados pelos princípios fundamentais que nos constituem. Foi desde então que o ELAOPA tem servido como um espaço de acúmulo de experiências organizativas diversas, fortalecendo os campos de atuação no meio popular, sindical, estudantil, comunitário, ambiental, campesino, etc.

Nos definimos como organizações sociais orientadas pela luta de classes e identidade como povos originais deste continente, com princípios de trabalho de base, democracia direta, solidariedade entre os de baixo, luta popular e autonomia dos oprimidos. Mantemos a nossa independência frente a partidos políticos, Estado e seus governos, ONGs, empresas, e de todos aqueles que vêm nos dizer o que temos que fazer, com estruturas autoritárias e distantes de nossa realidade. Reivindicamos a autonomia porque é uma ferramenta para realizar nossos sonhos.

Nos últimos anos temos articulado e dado resistência ao Plano IIRSA que tem se apresentado como mais uma iniciativa de saque, exploração e dominação sobre os territórios e povos latino-americanos. Temos dado enfrentamento político e ideológico aos nefastos governos de conciliação de classe que tem acomodado os interesses dos de cima. Seguimos em nossas realidades com um modelo capitalista extrativista, sendo os principais países exportadores nos setores agro-mineral, entre aqueles que estão comprometidos com as principais multinacionais energéticas e de mineração do mundo. São essas concessões às multinacionais extrativistas aliadas as classes dirigente locais que garantem certa estabilidade financiando os crescentes gastos sociais que permitem a reeleição desses governos.

Essa opção estratégica conciliadora tem dado cada vez mais espaço para a direita e o conservadorismo, a exemplo do que ocorre no Brasil onde o governo do Partido dos Trabalhadores corta na carne dos de baixo mexendo na previdência e nos direitos trabalhistas para preservar os interesses dos de cima com o pagamento dos juros da dívida. Os recentes escândalos de corrupção envolvendo a Petrobrás expuseram na conjuntura como operam os contratos e licitações onde todas as grandes construtoras (Ex: OAS, Odebrecht, Camargo Corrêa) repousam na fraude a sua condição de existência.

Diante desse cenário é fundamental fortalecermos a resistência dos de baixo de forma coordenada e organizada, lutando contra todos os tipos de opressões (fortalecendo a luta das mulheres, a luta feminista de combate ao machismo e contra todos os preconceitos da cultura patriarcal) e reafirmando nossa solidariedade internacional e nosso compromisso com os povos em luta em todo o mundo (sejam eles curdos, mexicanos, originários, palestinos). Nesses dois anos desde o último ELAOPA, fizemos parte do massivo processo de lutas iniciado na metade de 2013 no Brasil e que logrou vitórias importantes, com ênfase na pauta do transporte público. Esse processo popular também teve reflexo na luta sindical com um grande aumento de greves e mobilizações sindicais de base em 2014. Compartilhar esses exemplos de luta onde estão presentes os princípios da ação direta e do protagonismo de base é tarefa de agora, assim como próprio ELAOPA que é consequência das experiências dos povos oprimidos latino-americanos que derrubaram governos e deu resistência a ofensiva neoliberal da virada do século. A solidariedade de classe está na ordem do dia para fortalecermos a estratégia de construção do Poder Popular.

Programação

Data de realização: 14 e 15 de fevereiro

Local: (?)

14 fevereiro (sábado)

Manhã – credenciamento e chegada

Manhã – Plenária de Abertura

Almoço

Tarde – Grupos de discussão temáticos

Café da tarde

Tarde e/ou final de tarde – Oficina(s)

Janta

Atividade cultural

15 fevereiro (domingo)

Café da manhã

Manhã – 2 momentos: reunião dos grupos de discussão temáticos e pré-plenária final.

Almoço

Tarde – Continuação grupos de discussão para ajustes finais

Tarde – Plenária final

Eixo transversal do encontro

Conjuntura latino americana e a construção da frente dos oprimidos.

Grupos de discussão temática

Sindical;

Educação;

Território e bio-diversidade (sem terra, indígena, quilombola, luta pela água, etc.);

Lutas urbanas e direito a cidade (comunicação, barrial, transporte, moradia);

Direitos Humanos: Memória/verdade/justiça, Criminalização e Solidariedade Internacional;

Opressões de Gênero, étnica/racial, sexualidades;