Neste ano o eixo muralismo teve com característica, retomada e reforço das ações e discussões acerca do nosso conceito de muralismo e intervenção. Ouve a presença de grupos e indivíduos, em sua maioria, que até então não tinham muita proximidade com a ferramenta que caracteriza este eixo, porém com o intuito de se aproximar e desenvolver uma técnica ligada as particularidade das suas lutas regionais e também unir uma estética e modelo de luta incomum. Fizemos o reforço de alguns conceitos que se mantém atuais a partir da elaboração de outros momentos que tivemos em outros Elaopa, mas também agregou-se os seguintes olhares: temos que travar uma “Guerra Visual”, assumir esta tarefa para além dos ritos da arte urbana, mas sim disputar visualmente com o sistema de dominação, com suas chamadas publicitárias que formam sujeitos em produto e consumo, e dar a nossa versão, fazer o embate de conceitos, denuncias, mas também afirmações e convicções. “Pintar Nossas Conquistas”, por demais já traduzimos a partir de nossas linguagem momentos que narram derrotas e martírios, cremos que nossa intervenção tem que ser emancipatória, promotora de lutas e registro das nossas pequenas e permanentes vitória, nossa caminhada é longa porém de passo firme como cada gesto, pincelada quando construímos nossas intervenções. Utilizar em nossas ações, a “Pedagogia da Pergunta”, fazer uso desta dinâmica no jeito de construir o diálogo da nossa linguagem frente as demandas do nosso povo. Temos que ter a preocupação de estabelecer uma troca, uma construção entre quem observa e ou participa direta ou indiretamente de cada ação que botamos em prática. “Potencializar o bairro como ponto de partida” das nossas ações, que nosso trabalho tenha eco a partir da onde somos naturais onde dividimos nossas experiências cotidianas, de nada vale focar uma luta que não damos conseqüência desde o nosso local de moradia, nossa luta é descentralizada, nem no centro, nem só na periferia”, nossa ação é de ressonância horizontal. E por fim percebemos que nomear este eixo apenas por muralismo já não contempla a diversidade das nossas ações, adotamos distintas linguagens para dar voz aos anseios e lutas que participamos. O mural, a colagem de cartazes, pichações, intervenções, vídeos, fanzines, adesivos, são recursos a disposição das nossas necessidades e que devem ser usados da forma que o momento exige e o qualifica como o mais eficaz. Ficamos com a sugestão de desenvolvermos melhor este conceito para o outros encontros e que no melhor das hipóteses, será resultado de uma ação que já praticamos. Como resultados dos debates em relação a conjuntura que estamos vivendo no Brasil, tiramos como deliberação, uma campanha que trate dos impactos da Copa da FIFA de 2014. e a Copa das Confederações que acontecerá em junho deste ano(2013). Reafirmamos aqui momentos em comum para intervirmos conjuntamente como já fizemos desde o Elaopa de 2009 em Lujan -Argentina). 5 de Junho: Rememoramos o Massacre de Bagua, na Amazônia peruana, data que se torna símbolo da implementação do Plano IIRSA na América Latina. 11 de Outubro: Data que marca a invasão das caravelas espanholas neste continente, chamamos este dia de “ O último dia de Liberdade dos Povos Originários das Américas”.