X ELAOPA | Relato da Resistência Popular – RS

Mais um passo dado para a integração dos que lutam!

O Encontro Latino Americano de Organizações Populares e Autônomas – ELAOPA, em sua 10ª edição, realizado no sul do Brasil na cidade de Viamão (Rio Grande do Sul) nos dias 25, 26 e 27 de janeiro último, buscou mais uma vez aportar grãos de areia e dar passos no intento de integração latino americana daqueles (as) que lutam.

Foram mais de 60 organizações, coletivos, agrupações sindicais e estudantis, movimentos sociais e iniciativas populares que participaram de diversas oficinas, comissões de discussão temáticas e espaços de confraternização e cultura, dividindo tarefas de limpeza e alimentação para um bom funcionamento do Encontro e construindo acordos e encaminhamentos para avançarmos nesse projeto popular e autônomo.

O tema transversal do Encontro foi o Plano IIRSA, apresentado por alguns companheiros responsáveis em uma das Plenárias Gerais e discutido nas diferentes Comissões temáticas. Além disso, a equipe organizadora do ELAOPA distribuiu jornal sobre essa iniciativa de “integração” (para quem?) latino-americana e alguns dos conflitos e lutas de resistência que vem buscando enfrentá-la e denunciá-la. As Comissões temáticas (Educação/Estudantil; Sindical; Terra e Meio Ambiente; Direitos Humanos; Gênero, etnia e sexualidade; Comunicação; Muralismo e Comunitário) também trabalharam para avançar no acúmulo e nos acordos necessários para movimentar a militância nos diferentes países. Além das comissões de discussão, diversas oficinas de participação aberta e livre foram ofertadas por diferentes pessoas e/ou grupos, no sentido de socializar experiências e discutir outros temas que não ganhavam lugar nas comissões de discussão.

Mas não só os debates e discussões ganharam presença no ELAOPA. Uma homenagem em memória ao companheiro Alberto “Pocho” Mechoso (lutador social uruguaio sequestrado e assassinado pela ditadura militar argentina em 1976 e que teve seus restos mortais identificados no ano passado e entregues aos seus familiares e vizinhos do bairro em que viveu e militou boa parte de sua vida, o Cerro em Montevidéu) foi realizada por um companheiro do Ateneu do Cerro, espaço social presente no encontro.   A memória não só ao companheiro, como a tantos outros que são referentes de nossa luta, reafirmou, uma vez mais, que não esqueceremos e jamais perdoaremos, pois nós, povos latino americanos não estamos e nem ficaremos quietos. E ao final de cada dia, a confraternização da companheirada que dançou ao som de muita música latino-americana com a apresentação das bandas La Digna Rabia, Farabute e Orquestra de Mulheres.

O X ELAOPA não deu respostas a todas os problemas que coletivamente precisamos enfrentar, mas estamos certo que reafirmou, uma vez mais, nosso compromisso enquanto lutadores e lutadoras sociais na construção de uma integração nossa, gestada desde baixo, desde os que lutam e para construir um Poder Popular.

Se escucha, se escucha! Arriba lxs que luchan!
Viva o X ELAOPA 2013!