Trabalhadores da PROPAV, em Araucária (PR), estão em greve desde quarta-feira (8) devido à falta de pagamento

Por Repórter Popular PR

Organizados junto ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Montagens, Manutenção e Prestação de Serviços nas Áreas Industriais no Estado do Paraná (Sindmont-PR), os trabalhadores da PROPAV, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) estão em greve por tempo indeterminado desde quarta-feira (8) devido ao não pagamento dos salários.

São cerca de 500 trabalhadores que paralisaram os serviços devido à falta de pagamento do salário referente ao mês trabalhado em outubro. De acordo com as informações do Sindimont-PR, a categoria só retomará as atividades quando os salários forem pagos na sua integralidade.

A PROPAV chegou a propor o pagamento dos salários e o adiantamento de novembro para o dia 17 de novembro, proposta que foi rechaçada pelo conjunto dos trabalhadores, já que a empresa não ofereceu uma garantia de que realmente cumpriria essa promessa. Assim, decidiram continuar em greve e, até o momento do fechamento dessa matéria, estão sem previsão de voltar às atividades.

Além do não pagamento das remunerações, os trabalhadores da PROPAV também denunciam que há tempos a empresa apresenta instabilidade financeira e já deixou de fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), bem como outros materiais de trabalho e até mesmo itens básicos de higiene. Outro problema seria o não pagamento dos planos de saúde e odontológico nos últimos tempos.

O trabalhador S.T., que atua há 10 anos na PROPAV, contou ao Repórter Popular PR que, em retaliação à paralisação, a empresa também teria retirado o valor que já estava depositado no cartão de auxílio-alimentação dos funcionários. “Fui fazer compras no mercado e só descobri quanto tentei passar o cartão. Estou indignado, a gente se sente desvalorizado”.

Os funcionários da PROPAV atuam na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), da Petrobrás, e representam um terço dos trabalhadores terceirizados, o que pode colocar em risco as condições de segurança da refinaria, de acordo com nota oficial do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR e SC).

Hoje, a Repar de Araucária (PR) é responsável por cerca de 12% da produção nacional de derivados de derivados de petróleo e está em processo de privatização, que vem sendo amplamente contestada por movimentos sindicais, parte da população do município e pelos trabalhadores da base do Sindimont-PR, do Sindipetro PR e SC e outras entidades sindicais.