O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) organizou nesta terça-feira, 17, o segundo ato em defesa dos trabalhadores terceirizados do Bandejão da universidade, que está sob responsabilidade do Governo Estadual, tocado há mais de vinte anos pelo PSDB. Agora que as terceirizações de atividades-fim foram liberadas, não há limites para a precarização das condições de trabalho e queda dos salários, orquestrada pelos últimos governos PT/PMDB, que deixaram claro a quem servem.
As trabalhadoras e trabalhadores terceirizadas não podem fazer refeições no próprio restaurante, não tem passe livre para transitar na universidade e estão sendo ameaçados de não poderem usar o próprio vestiário. É nesse momento que a união das lutas se faz necessária: Estudantes apoiando trabalhadores! É a luta e organização dos de baixo para derrubar os de cima!
Abaixo, publicamos um vídeo do ato produzido pelo NADA (Núcleo Audiovisual de Difusão Anarquista) e uma petição do Sintusp sobre o caso:
“Os bandejões da USP estão sendo cada vez mais terceirizados devido à falta de contratação de funcionários para atender a alta demanda de um trabalho exaustivo que levou ao adoecimento de boa parte do quadro atual de funcionários efetivos. Uma das conseqüências da terceirização é a divisão dos trabalhadores e a contratação de funcionários com menores direitos e salários. No restaurante central, onde recentemente se terceirizou a sala de louça, os terceirizados são submetidos a uma situação completamente desumana de trabalho, com um quadro insuficiente de funcionários. Além disso, mesmo trabalhando dentro dos restaurantes são proibidos de comer dentro dos bandejões e estão sob a ameaça inclusive de não poder usar sequer os vestiários; Frente a essa situação solicitamos a reitoria e da Superintendência da SAS:
1) condições dignas de trabalho para os trabalhadores terceirizados;
2) pelo direito de que possam se alimentar nos próprios restaurantes assim como os trabalhadores efetivos e usar os vestiários e dependências dos restaurantes da USP;
3) Direito ao cartão BUSP para que possam se locomover dentro da universidade como os demais estudantes, professores e trabalhadores efetivos;
4) Nenhuma punição aos trabalhadores terceirizados”