Do Repórter Popular – São Paulo
O prefeito Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, enviou à Câmara um projeto perverso que confisca salários, pensões e aposentadorias dos servidores públicos do município que, inclusive, estiveram na linha de frente no combate à pandemia.
O PLO 07/2021 (Sampaprev 2) prevê a taxação das aposentadorias e pensões daqueles que ganham mais de um salário mínimo, permite que a prefeitura crie futuramente contribuições extra caso haja déficit na contribuição, além de separar os servidores em dois fundos diferentes, sendo um deles por regime de capitalização, o que abre margem para sua privatização. Ricardo Nunes ainda quer aumentar a idade das pessoas para a aposentaria. Sem reajuste salarial há anos, ele ainda apresentou três projetos que visam atacar os servidores nos seus direitos de trabalho, como das faltas abonadas e outros.
É um projeto perverso que visa atacar trabalhadores em seus momentos mais difíceis, em pandemia e com a alta da carestia de vida. Junto a isso, os servidores enfrentam a reposição de uma greve de mais de 100 dias no início do ano, que lutava por condições sanitárias dignas de trabalho. O que mostra que sua visão de mundo não é diferente de Bolsonaro e Paulo Guedes.
Em resposta, sindicatos, movimentos sociais e comandos de greve se organizaram nessa semana e realizaram paralisações e atos nos dias 05/10 e 06/10. O Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM) chamou a paralisação para o dia 05/10 em frente à Câmara e o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (SINDSEP), junto com APROFEM, SEDIN, SINESP e outras entidades para o dia 06/10 em frente à Prefeitura até a Câmara.
Como na greve pela vida, foram os trabalhadores de base e comandos de greve que organizaram rapidamente suas categorias e evidenciaram que estão prontos para mais uma greve e para lutar, mesmo diante da burocracia sindical e do cansaço. Veja algumas imagens