Segue a perseguição judicial aos trabalhadores de Santa Fe, na Argentina

Por Repórter Popular

Em setembro de 2024, uma reforma previdenciária foi aprovada na província de Santa Fe, na Argentina, região que engloba a cidade de Rosário. A medida acarretou grandes perdas para a classe trabalhadora e enfrentou grande resistência da luta sindical e popular. O governo de Maximiliano Pullaro, além de aprovar a medida em uma sessão parlamentar realizada às pressas, buscou o caminho da repressão policial e da perseguição judicial aos trabalhadores envolvidos no processo. Seis militantes vinculados a diferentes sindicatos do serviço público da província chegaram a ser detidos, como o AMSAFE, ATE e FENAT CTA A. Embora tenham sido liberados em pouco tempo, eles seguem respondendo judicialmente.

Uma matéria do Repórter Popular de outubro de 2024 apresenta mais informações sobre a perseguição sofrida.

Hoje (18), aconteceu uma audiência no processo dos servidores perseguidos. A sessão, que havia sido adiada em dezembro, foi acompanhada por uma comissão de sindicatos. Até o momento, os relatos indicam que a juíza rejeitou o argumento da defesa sindical, mas o processo segue aberto e ainda deve enfrentar uma série de etapas.

Um dos pontos mais sérios da acusação é o pedido que a empresa Meta, dona do Whatsapp e do Instagram, quebre o sigilo de conversas das entidades sindicais envolvidas nas manifestações contra a reforma previdenciária, uma nítida medida antissindical e de perseguição política. Este ponto, no entanto, não foi aceito pela juíza.

No XV Encontro Latinoamericano de Organizações Populares Autônomas, realizado em janeiro no Chile, foi deliberada uma campanha internacional de solidariedade aos trabalhadores perseguidos. Como parte dessa campanha, no dia de hoje foram realizadas ações no Chile, Uruguai e Brasil, incluindo panfletagens, colagens de cartazes.

Comissão do ELAOPA no RS entrega carta ao consulado da Argentina.

Comissão do ELAOPA no RS entrega carta no consulado argentino

Outra da ação combinada no ELAOPA 2025 foi a entrega de uma carta (confira aqui) no consulado argentino com manifestação de apoio e solidariedade aos argentinos criminalizados, e o pedido de encerramento do processo criminal contra eles, que estavam apenas se organizando e lutando por direitos dignos. Segundo relato desta comissão, Consul recebeu a carta da comissão, e ficou de encaminhà-la à embaixada da Argentina no Brasil, em Brasília. Segundo o consulado, é a embaixada que deve tratar de questões políticas.

 

Panfletos distribuídos hoje em Montevidéu, Uruguai.

 

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