Na última sexta-feira (18), familiares e amigos das quatro vítimas da chacina ocorrida dentro de uma pizzaria na zona leste de Porto Alegre protestaram pedindo justiça. Dezenas de pessoas se concentraram em frente à delegacia da Brigada Militar da Av. Protásio Alves e seguiram em caminhada pela Av. Manoel Elias até a frente da pizzaria onde o policial militar fora do horário de serviço, cometeu o crime. As vítimas são os irmãos Cristian e Cristiano Lucena, o primo deles Alisson Lucena e o sobrinho Alexsander Moraes.
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Entenda o caso
O policial Andersen Zanuni dos Santos admitiu a autoria dos disparos e alegou que agiu em legítima defesa. A sua versão a respeito dos fatos é de que teria saído de uma festa em Alvorada e, às 5h da manhã, chegou nas ruas da Vila Estrutural, no bairro Morro Santana. Segundo o advogado do policial, ele teria ido até a casa da ex-namorada na madrugada de domingo, e vendo que ela não estava, foi até a outra casa, que seria de uma amiga. Anderson entrou na casa onde estava ocorrendo uma confraternização. De acordo com a família, eles não conheciam o policial, que teria chegado à residência na madrugada, se identificando como policial e pedindo para que baixassem o volume do som. Na saída, teria agredido uma das mulheres e, depois disso, o grupo com quatro homens, a sobrinha e a esposa de um deles teria reagido e ido atrás do policial, que correu até uma pizzaria e se escondeu no banheiro.
Imagens de câmeras de segurança mostram o policial sacando a arma e atirando em quatro homens que estavam desarmados. A defesa do PM alega ‘legítima defesa’. A Brigada Militar abriu processo interno e conforme a Polícia Civil, que investiga o caso, nenhuma arma foi encontrada junto com as quatro vítimas.
“Não foi legítima defesa, foi chacina”, a família contesta a versão de legítima defesa apresentada pelo policial e pede justiça. Em entrevista, o policial disse que não se arrepende e que pretende voltar à corporação e seguir a vida normalmente.
Foto destacada: Alas Derivas
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