violência policial em curitiba

Rede Nenhuma Vida a Menos denuncia escalada da violência policial na Portelinha, em Curitiba (PR)

Foto da capa: Giorgia Prates

Por Repórter Popular-PR

A Rede Nenhuma Vida a Menos, movimento que luta contra a violência policial, prisões arbitrárias e terrorismo do Estado em Curitiba (PR), denuncia a escalada da brutalidade policial na comunidade Portelinha, região periférica da capital paranaense no bairro Santa Quitéria.

De acordo com a Rede, no dia 13 de junho Dione, um morador da comunidade, foi assassinado pela Polícia Militar (PM) com a justificativa de que houve um suposto confronto, o que segundo testemunhas não aconteceu. Desde então, a violência que já vinha crescendo na região se tornou diária.

Os acontecimentos dão uma dimensão do horror vivido por trabalhadoras e trabalhadores que vivem na comunidade. São constantes os relatos de espancamentos e agressões de pessoas que estão na rua e de abordagens humilhantes que chegam a durar horas. Casas foram invadidas pelos agentes, de madrugada, sem qualquer justificativa legal ou mandado, e até celulares de crianças foram revistados.

Em diferentes períodos do dia, policiais passam em alta velocidade pelas ruas, que são pequenas – correndo o risco de atropelar crianças – intimidando e apontando armas para os moradores. Há relatos também do uso de drones, que praticamente entram dentro das casas, e de pessoas sendo fotografadas pela PM sem nenhum motivo.

Tais violações inserem-se em um contexto amplo de ataques às ocupações da cidade, e com os quais a Portelinha vem sofrendo em diferentes níveis ao longo dos anos. No dia 5 de novembro de 2021, o jovem Eduardo Felipe Santos de Oliveira, conhecido como Zé, de apenas 17 anos, foi assassinado pela PM com tiros pelas costas após ter trabalhado ao longo do dia na reciclagem, o que gerou uma intensa mobilização da comunidade contra a violência policial.

As constantes incursões das forças policiais – principalmente da ROTAM – longe de trazerem segurança, escolhem como alvo as pessoas pela sua cor e por onde moram, condenando em um tribunal particular toda uma comunidade. A Rede Nenhuma Vida a Menos reforça que é fundamental que esses casos sejam amplamente divulgados para garantir que novas violações não aconteçam e para que a Portelinha possa viver em paz.

Denuncie a violência policial

A Rede Nenhuma Vida a Menos acolhe denúncias de violência policial. É possível entrar em contato com a entidade através da DM no Instagram ou pelo site.