Por Repórter Popular – PR
Teve início nesta segunda-feira (3) a greve dos professores da rede estadual de Educação do Paraná. O primeiro dia de greve foi marcado por um grande ato com cerca de 20 mil pessoas e a ocupação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) por estudantes e trabalhadores. O programa “Parceiro da Escola”, se aprovado em segunda votação, irá privatizar a gestão de 200 escolas do estado.
Após a ocupação da Alep, a maioria dos deputados do Paraná se apressou em convocar uma sessão plenária online para seguir com a votação. Sem nenhum diálogo com a comunidade escolar ou com a população, o Projeto de Lei foi aprovado em primeira votação por 39 deputados favoráveis e apenas 13 contrários. Nesta terça-feira (4), o PL vai para o segundo e último turno de votação.
Professores e estudantes seguem dentro da Alep e, na parte de fora, a APP Sindicato em conjunto com trabalhadores deu início a um acampamento. O sindicato também convocou novo ato da greve para amanhã, a partir das 9h, na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, em Curitiba (PR). A greve segue por tempo indeterminado.
Repressão
Durante o movimento de ocupação da Alep, dois manifestantes foram presos e dezenas foram agredidos covardemente pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR), tendo que ser hospitalizados. Conformes as informações apuradas pelo Repórter Popular, que esteve presente na manifestação, foram detidos um estudante e uma professora.
A PM-PR também utilizou de bombas de efeito moral, além de atingir manifestantes com agressões, spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
