“Chega de golpismo”: professoras e professores denunciam gestão do Sinpro-SP

Professoras e professores de escolas particulares, indignadas/os com o sindicato da categoria, manifestaram-se nas fachadas da sede e do auditório do Sinpro-SP, na capital paulista. A ação aconteceu no início de março. Nos locais, cartazes foram colados denunciando a ocorrência de assembleias falsamente documentadas, indicando que a gestão atual do Sinpro-SP não dialoga com a base de associados.

O protesto apontou também que os acordos negociados com o sindicato patronal (SIEEESP) prejudicam e esvaziam a Convenção Coletiva, documento que reúne as regras trabalhistas do professorado das escolas particulares da cidade de São Paulo. Além disso, a manifestação indicou um possível movimento por parte da atual gestão para se manter de forma permanente à frente do Sinpro-SP.

Veja abaixo outras denúncias, divulgadas pela Oposição Sinpro-SP:

  1. O Sinpro-SP passou o primeiro ano da pandemia, 2020, sem fazer uma única assembleia;
  2. O Sinpro-SP declarou uma greve sanitária pressionado pela categoria em março de 2021, até hoje não houve uma assembleia para suspender a greve;
  3. Na última assembleia de prestação de contas, junho de 2021, professoras e professores associados ao sindicato foram barrados na assembleia virtual;
  4. Em 3 de setembro de 2021 houve um mega vazamento de dados de professoras e professores associados ao sindicato, além da convocação para um ato bolsonarista na Av. Paulista. Até hoje o Sinpro-SP não esclareceu os fatos;
  5. No dia 19 de agosto de 2021, o Sinpro-SP fez uma assembleia fantasma em que falsificou ata, lista de presença e documentos pessoais;
  6. O Sinpro-SP estimulou a criação de comissões de trabalhadores para negociação da PLR por escola, expondo professoras e professores, enquanto negociava, às escondidas, diretamente com os patrões;
  7. Na sequência, o Sinpro-SP decidiu reformar uma sentença de dissídio coletivo favorável à categoria, entregando aos patrões pelo menos 4 cláusulas históricas. Uma delas era o direito do dirigente sindical entrar na escola para conversar com professoras e professores. Esse direito foi trocado por um quadro de avisos;
  8. Na assembleia de previsão orçamentária marcada para uma quinta-feira às 13h, a diretoria do sindicato aprovou um gasto de R$ 10 milhões para pagamento de salários aos diretores do Sinpro-SP;
  9. Em um artigo pago na Folha de S. Paulo, no início de 2022, o tesoureiro do sindicato defendeu a volta às aulas presenciais, desde que se atrasasse o calendário em uma semana;
  10. O presidente do Sinpro-SP está na diretoria do sindicato desde 1978 e se reelege a cada 4 anos desde 1988.