População de Marília organiza panfletagem no centro da cidade e convoca manifestação para o combate à pandemia no próximo domingo

 

Dando continuidade a mobilização do município, estudantes, trabalhadoras e trabalhares de Marília/SP se concentraram novamente na feira que acontece no centro da cidade. Foi um dia de panfletagem e agitação, no qual o grupo distribuiu suas pautas e convocam uma manifestação para o próximo domingo, dia 28 de junho.

Em meio a faixões com escritos de “O SUS salva vidas, ele nãos”, o diálogo com feirantes e transeuntes se deu a partir das pautas mais sensíveis para a população.

Ao fim da atividade, foi marcado também uma próxima plenária aberta dia 5 de julho, com o objetivo de traçar os próximos passos desse movimento.

Segue aqui as reivindicações do movimento.

“1.Que o Auxílio Emergencial se estenda por mais que 3 meses, até o fim da pandemia, e que seu valor seja ajustado para um salário-mínimo. Que todos os casos em análise tenham resposta em 5 dias.

2. Mutirão de testes rápidos em bairros e domicílios. Inicialmente nas áreas de risco e posterior em toda a região de Marília.

3. Divulgação do Mapeamento Georreferenciado .

4. Medidas intensificadas de isolamento nessas áreas, com suporte médico, social e auxílio alimentação para famílias diagnosticadas com COVID-19.

5. Requisição de edifícios que não cumpram seu papel social para o acolhimento de pessoas em situação de rua ou sem moradia. Pagamento de quartos particulares para pessoas com sintomas não grave do diagnóstico de COVID-19.

6. Garantir acesso a EPI’s adequados a todos os trabalhadores em ambiente hospitalar.

7. Ampliação dos leitos de UTI, requisição de leitos privados de UTI e instauração de fila única de internação.

8. Pulverização e higienização das áreas mais afetadas e posteriormente de toda a região de Marília.

9. Rodízio de circulação de veículos para evitar aglomerações. (Ônibus com horários reduzidos, avaliar o impacto na rotina do trabalhador)

10. Decretar proibição de cobrança de aluguel para famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

11. Isenção de cobrança de água e energia até o fim da pandemia.

12. Limitação de horário de funcionamento de mercados e farmácias. Acesso irrestrito a EPI’s para os trabalhadores e as trabalhadoras desses locais.

13. Pagamento do auxílio merenda por estudante e não por família.”

Houve também uma atividade panfletagem concomitante da Campanha de Luta por Vida Digna, que pretende somar forças do combate a pandemia do COVID-19 desde a organização dos e das de baixo. O debate girou em torno da pauta do antirracismo, apontando dados de que a violência estatal com a população negra é cotidiana e que, durante esta pandemia, o Estado se faz presente através de seu braço armado, as polícias que são protagonistas de um verdadeiro genocídio. A contradição foi posta: como o Estado pode ser ao mesmo tempo, presente e ausente? Ora, sua finalidade só pode ser a de desorganizar o povo e estimular as altas taxas de lucro dos patrões. A pandemia não alterou esse funcionamento.

Cabe salientar que em Marília, para a data de 28 de junho, há duas manifestações convocadas. A primeira é esta que já citamos, promovida pela comunidade mobilizada mariliense e convocada há desde o dia 14. A segunda foi chamada dia 20, para mesma data, com pautas de reivindicações articuladas pelos partidos PCO e PT. Para entender melhor essa história entre neste link.