No último sábado (26/05) os petroleiros da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), localizada em Canoas, após uma série de movimentos em frente à refinaria, se reuniram e decretaram greve que foi acompanhada em seguida nacionalmente pela FUP. A greve que deve ter início nessa quarta-feira (30/05) tem como bandeira a redução do preço dos combustíveis; a manutenção dos empregos e a retomada da produção interna de combustíveis; o fim das importações de gasolina e outros derivados; e contra a venda de ativos da Petrobrás, incluindo refinarias.
Nesta segunda-feira (28/05) houve mais uma movimentação e assembleia em frente à REFAP. Desde às 6:30 da manhã muitos trabalhadores/as se concentraram na frente da refinaria sem entrar para fazer a troca de turno. Esta, que tem início às 8h, foi atrasada até as 10h para que quem estivesse chegando pudesse ficar em frente à refinaria até a assembleia.
Ainda antes das 7h da manhã alguns caminhões deixaram a refinaria escoltados por veículos da brigada e exército militar.
Ao lado da entrada da refinaria, um grupo de autônomos do transporte, desde motoristas de uber, motoboys e alguns caminhoneiros, continuou parado mesmo com o acordo feito no último final de semana. A justificativa é de que o acordo não contempla plenamente suas revindicações e que não se sentiam representados pelas lideranças que negociaram o acordo. Um carro da brigada e alguns policiais ficaram a manhã inteira na volta desse grupo e, muitas vezes, conversavam e até dividiam chimarrão entre o grupo de autônomos.
A partir das 10h os trabalhadores/as petroleiros entraram para fazer a troca de turno. Logo após isso, um comboio de caminhões de abastecimento foi escoltado por carros do exército com armas pra fora e mantendo as pessoas longe do comboio. Mais atrás, veio também o ato das combes escolares que já vinham fazendo carreata pelo entorno de Canoas.
Quarta-feira às 7:30 da manhã, quando a greve realmente iniciar, os petroleiros pedem para que a população apoie o movimento, pois será muito necessário, visto que antes da greve começar já há um movimento pelas direções da Petrobrás e do Governo Federal de processar os sindicatos por entrar em greve.
Gabriel Ethur, militante da Resistência Popular Estudantil