Posição de uma militante negra de SM em relação a atuação do exercito nas ruas da cidade.
Já vivemos em um estado de exceção e agora contamos com intervenção militar.
Os índices de desemprego aumentam demasiadamente, por consequência a desigualdade social, e também os índices de violência e a resposta por parte do estado a grande desigualdade é com mais repressão, com o encarceramento em massa da população pobre, negra e periférica, onde o exército está atuando para “supostamente” conter a violência social, identificando possíveis suspeitos, para garantir a lei e a ordem e dar sensação de segurança à população em Santa Maria.
Os questionamentos que ficam para quem é afetado com essas medidas é, para quem é feita a segurança? Para quem é garantida a lei e ordem? Quem é esse possível suspeito? Quem vai ser abordado? Para quem se aplica essas medidas?
As medidas anti-povo, criminalização da pobreza, seletividade penal, politicas de higienização, guerra aos pobres mascarada de guerra as drogas, seguem juntamente com o discurso conservador e essas medidas ficam cada vez mais duras, agora oficialmente o exercito está nas ruas, nas comunidades, o que já vinha sendo discutido desde março em Santa Maria, medidas direcionadas aos de baixo, a população que é refém dessas medidas, dos ataques do governo, e que vem sendo cada vez mais atacada.
Micaela, estudante do curso de Ciências Sociais – UFSM