Ocupação Elza Soares é ameaçada de despejo

As 26 famílias da Ocupação Elza Soares, no bairro de Vila Isabel, o desfecho da ordem de despejo contra elas. A previsão é de que o cumprimento ocorre na quinta-feira, dia 14, data em que completa um ano do assassinato da vereadora Marielle Franco, crime que ainda não teve solução. Dentre os moradores, idosos, crianças, trabalhadores e trabalhadoras, dos quais alguns precisam de cuidados médicos. O caso contrasta com o slogan “vamos cuidar das pessoas”, da campanha de Marcelo Crivella à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Na ocupação, moram manicures, ambulantes, aposentados e pessoas em situação de precariedade social. Também funciona na ocupação a “Casa Nem”, que abriga e protege mulheres e homens transexuais. Nada disso parece sensibilizar o poder público que, com esta ação, pode colocar várias dessas pessoas nas ruas, pois muitas não têm outras opções de moradia.

A ocupação Elza Soares, que homenageia uma das maiores vozes da cultura popular brasileira, é um espaço quase que insubstituível e, hoje, a única alternativa de vida digna para muitos dos que moram nela.

* Matéria do Setor de comunicação do Movimento de Organização de Base – RJ