Por Repórter Popular
Antar – Poder Popular Antiespecista
e Coletiva Língua
A Ocupação Buracanã se iniciou em janeiro deste ano com um pequeno grupo de pessoas, mulheres principalmente, que ocuparam um lote ao lado da Comunidade São Remo – no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo capital. Atualmente a ocupação conta com 460 famílias cadastradas. O estopim dessa iniciativa se deu pela dificuldade de arcar com o valor dos alugueis com o fim do auxílio emergencial. Muitos também eram trabalhadores terceirizados da Universidade de São Paulo que perderam seus empregos por conta da pandemia após a paralisação de diversas atividades no campus.
A área que há muitos anos estava sem qualquer destinação pertence a Universidade e chegou a ser cedida à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) para a construção de moradias populares, porém o projeto não avançou. O terreno que era usado para despejo de entulho e lixo vem sendo limpo pelos novos moradores para a construção dos barracos. Esse material danoso para a saúde está sendo depositado em um lote adjacente a ocupa – lote que foi destinado pela USP para a construção de uma cooperativa de reciclagem, que geraria empregos, e para a criação de uma cozinha comunitária. Os moradores alegam que vem contactando a subprefeitura do Butantã sem sucesso há pelo menos 3 meses para retirada do lixo e entulho, uma vez que este é foco de ratos, escorpiões e baratas.
Coletivos de estudantes da USP e outros movimentos sociais e sindicais vem auxiliando com arrecadação de doações e na instalação de caixas de esgoto e encanamento e também lutando para tornar a ocupação legal. Os moradores solicitam a doação de ferramentas como escavadeiras, pás, picaretas para auxiliar os trabalhos. Também é necessário ajuda braçal e cestas básicas, alimentos não perecíveis e produtos de limpeza.
Doações também podem ser feitas pelo Pix: 375.642.828-19 (Cleudina).