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Notas sobre a injustiça na eleição sindical do 14º Núcleo do CPERS

Foto da capa: divulgação chapa 2 CPERS

Por Repórter Popular RS

As eleições para a Direção Central e Núcleos do CPERS/Sindicato ocorreram de forma online nos dias 5 e 6 de novembro, através do site da entidade para sócios professores e funcionários.

Em grande parte dos núcleos, a disputa aconteceu entre duas chapas: a da situação (Unidade pela categoria) e a da oposição (É preciso mudar). Os resultados foram apurados para todos os núcleos do estado e para a direção central, porém, na eleição do 14º núcleo ocorreu um fato inusitado, mas possível nos processos democráticos: a vitória da oposição por apenas 1 voto.

Porém, a chapa perdedora recorreu à comissão eleitoral e alegou problemas na contagem de votos. A comissão eleitoral, composta majoritariamente por componentes da situação, acatou o recurso e encaminhou nova eleição para o munícipio de São Leopoldo (RS), no dia 22 de novembro.

O questionamento que fica é: se a chapa da situação ganhasse apenas por 1 voto, aceitaria o anulamento do pleito? Se a votação em todo o estado funcionou, por que apenas em São Leopoldo não funcionou? Que democracia sindical é essa que não respeita o pleito eleitoral da entidade?

Por que, nos canais da direção central, não está exposto que a disputa teve a diferença de 1 voto?
Se o erro é técnico, toda a eleição do sindicato tem que ser reconsiderada, não apenas em São Leopoldo. Esconder a diferença da votação e colocar a justificativa na questão “técnica” é esconder a manobra que os integrantes ligados a direção central e a CUT estão se esforçando em realizar para a realização de uma nova eleição, mais esvaziada e provavelmente com muito mais assédio para reverter o resultado inicial.

Democracia sindical se constrói com trabalho de base e respeitando as instâncias do sindicato. Porém, a manobra que vemos em São Leopoldo não é nada diferente do que observamos em outros momentos dos últimos anos de CPERS, como a mudança estatutária e a refiliação à CUT: esvaziar e descreditar o sindicato para que sempre os mesmos decidam e dominem a “máquina sindical”.

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