Na troca de saberes, vamos juntos e fortalecidos

*Por Mk

O cotidiano do trabalho comunitário é realizado por muitas mãos, mentes e corações, é cheio de derrotas e vitórias. Por vezes, o vai e vem da jornada de trabalho, estudos, família e lazer nos impede de olhar as marcas construídas no esforço coletivo. Quando nos encontramos, damos continuidade ao que temos que fazer.

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É na correria do dia a dia, ou até entre linhas, que acabamos trocando ideias sobre os acordos coletivos, os problemas causados pelo governante da situação ou o impacto de uma obra sem planejamento em nosso bairro. Volta e meia temos um pepino para resolver e lá vamos nós aos documentos para saber se estamos agindo certo.

É aí que estamos perto de cometer um erro. Afinal de contas, quando surge um pepino para resolver, é um momento de urgência. A possibilidade de ler com calma os documentos, dialogar com as pessoas companheiras com mais experiências para a troca de saberes é menor, em alguns casos, quase nula a possibilidade.  

O que se tornou comum é jogar nas mãos de especialistas. Quando existe dinheiro, é contratado um advogado, o que não é o caso das associações de moradores que, geralmente, sofrem com a falta de recursos.

Nessa hora, aparecem “benfeitores que não querem nada em troca”. Só acredita quem quer, pois há interesses por trás. É comum na eleição seguinte o benfeitor retornar para pedir voto para si ou para o seu patrão. 

Na perspectiva de criar um meio, uma troca de saberes, foi marcada uma formação coletiva sobre o Estatuto da Amorabi (Associação de Moradores do Bairro Itinga), no dia 24 de Agosto de 2024, às 10 horas na sede da associação, na rua dos Esportistas, 510. O convite é para todas as pessoas associadas e para quem tem interesse em se associar. É uma oportunidade de construir e fortalecer a luta comunitária, do bairro para o bairro. Vamos juntos.