“Mulher é luta e resistência” – Conheça as convidadas para a atividade do 8M no Ateneu Libertário

O Dia Internacional da Mulher surgiu no final do século XIX no contexto das lutas feministas, ao redor do mundo, por melhores condições de vida e de trabalho. Não é uma data para ser comemorada e sim para fazer memória a memória milhares de lutadoras que desafiaram a sociedade para que hoje as mulheres possam ser tratadas com o mínimo respeito. As e os Repórteres Populares estarão participando e cobrindo os atos referentes a luta das mulheres no dia 8 de março. Além disso, estamos construindo a atividade “Mulher é luta e resistência: por um oito de março combativo!”, em conjunto com a militância da Resistência Popular e do Ateneu Libertário A Batalha da Várzea. Por isso, te convidamos à participar das nossas atividades no final de semana, com roda de conversa e oficinas.

  • Sábado 10/3:  roda de conversa – Como as reformas trabalhista e da previdência afetam as mulheres?
    • Horário: das 15h às 19h
    • Convidadas:
      • Erondina Sarturi
        Erondina é trabalhadora autônoma, exercendo funções e cozinheira em um restaurante e também faxinas. Além disso é moradora e presidenta da Associação de Moradores da Vila Boa Esperança.
      •  Vera Costa
        Vera trabalha como empregada doméstica. Mora na Vila das Laranjeiras (Morro Santana) e participa do Coletivo Visão Periférica, onde cedeu a garagem de sua casa para a construção de uma biblioteca comunitária.
      • Cláudia Ávila
        Cláudia é Advogada e trabalha na defesa de ocupações urbanas e movimentos sociais. Milita no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST – Rio Grande do Sul)
      • Cíntia Rigotto
        Cíntia é estudante do curso de Saúde Coletiva na UFRGS e milita na Resistência Popular Estudantil

 

  • Domingo 11/3: roda de conversa sobre Educação Popular, oficinas e feira livre com produtos produzidos por mulheres
    • Horário: das 15h às 19h
    • Convidada:
      • Luciana Soares
        Luciana é professora de português e redação no município. Também participa do COLEP – Coletivo Pela Educação Popular e é presidenta da Associação de Moradores da Vila Tijuca,  no Morro Santana.
      • Para a feira não precisa se inscrever, chega junto e traz teu trabalho!
      • Oficinas à confirmar

 

Assista o vídeo do Repórter Popular sobre a violência contra mulher:

Vídeo sobre violência contra mulher

MULHERES | Vídeo sobre violência contra as mulheres.É fato que dessas atrocidades nenhuma de nós está ilesa. Mesmo que a constituição de 1988 tenha a pretensão de assegurar a igualdade de direitos entre mulheres e homens, sabemos que não é o que o acontece na prática. Nossa diferença de sexos ainda nos inferioriza. Mesmo que tenhamos a Lei Maria da Penha e a do Feminicídio (que foram sim grandes avanços para nós, mulheres) ainda assim muitas de nós nem mesmo conseguimos pedir ajuda (por questões econômicas, preocupação com a criação dos filhos ou por medo da reação do opressor, e acabamos não conseguindo denunciar) ou quando recorremos, a justiça nem sempre é justa. Conforme exposto, nos últimos dez anos a morte de mulheres negras aumentou em 54%. O machismo estrutural perpassa todas as mulheres da sociedade, mas quando falamos em feminismo, falamos também em raça e classe, pois é explícito que mulheres negras e mulheres pobres, as que estão à margem da sociedade, são as que mais sofrem a usurpação e humilhação, não só pelos companheiros, mas justamente pela própria lógica desse sistema racista e burguês. E é por isso também que não esperamos as "boas vontades" das/os governantes (dessa suposta democracia) para validar leis ou direitos a nosso favor, pois a democracia burguesa sempre vira as costas às negras e às pobres quando lhe convém. A corda sempre arrebenta para o lado mais negligenciado e, portanto, ser mulher nessa sociedade é resistir.Por isso, não acreditamos nas eleições burguesas como salvação para validar nossos direitos enquanto mulher, nós acreditamos na luta coletiva e cotidiana, no combate e na desconstrução diária da cultura machista e misógina enraizada na nossa sociedade: Mulher é luta e resistência; por um oito de março classista e combativo!Evento 8 de março: https://www.facebook.com/events/147701865898632/permalink/147706309231521/

Posted by Repórter Popular on Wednesday, February 21, 2018