Nessa madrugada, PM’s da UPP do Morro dos Macacos realizaram uma operação na comunidade, mesmo com a proibição dessa prática em meio à pandemia determinada pelo STF, enquanto acontecia um torneio de futebol amador. Na ação, dois homens foram assassinados pela Polícia Militar, sendo um deles Caio Silva, de 20 anos.
Além dos baleados, havia grande presença de crianças no local, devido ao torneio de futebol, o que poderia ter tornado a situação ainda pior, com ainda mais sangue inocente sendo derramado. A Polícia Militar não se importa com a vida da população favelada, e agora prova que também não se importa com a legalidade que finge defender, desrespeitando a suspensão das incursões em comunidades em prol da continuidade da política genocida do governo do estado do Rio de Janeiro.
Toda solidariedade à família de Caio e à população do Morro dos Macacos e de todas as outras comunidades afetadas pela violência policial. É necessário dar um fim à necropolítica, que mata de vírus, mata de fome e mata de tiro. E quando não mata, expulsa famílias de suas casas, como foi o caso do Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais, que ontem sofreu um ataque brutal da PM de Minas em uma ação de despejo a mando do governador Zema, do Partido Novo.
O que o povo ganha com as ações policiais nas favelas? O que de bom pode surgir de uma invasão armada a uma área residencial? O que justifica a polícia invadir casas, violar direitos humanos, atirar a esmo em uma área lotada de crianças? Criminalidade? Então por que não entram com a mesma violência no condomínio em que mora Jair Bolsonaro, onde coincidentemente também moram alguns criminosos ligados à milícia? Nunca foi uma guerra às drogas, sempre foi uma guerra aos pobres.
Abaixo à violência contra os de baixo, abaixo à necropolítica de Bolsonaro e seus discípulos! Por uma vida digna para o povo!
Texto da Resistência Popular Estudantil – RJ