O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB) enviou para a Câmara de Vereadores um pacote de medidas para o transporte público da capital. A recepção da população foi negativa e o Sindicato dos Rodoviários prometeu que “a cidade vai parar” se os projetos forem à votação. Os principais afetados serão idosos, estudantes, professores e rodoviários que terão seus direitos cortados.
Os projetos de lei dizem respeito à redução de benefícios para a população e economia para os cofres das empresas:
1. Fim da gratuidade para idosos de 60 á 64 anos
2. Limitação de viagens gratuitas para idosos a partir de 65 anos
3. Fim da meia passagem para professores, meio passe estudantil existirá apenas para estudantes de famílias com renda de até três salários mínimos, podendo comprar apenas 50 passagens por mês
4. Fim da profissão de cobrador, as empresas serão liberadas a rodar sem cobrador nos finais de semana, feriados e durante a semana das 22h às 4h. O projeto permite que as empresas não reponham mais cobradores que se demitirem, se aposentarem ou que venham a falecer
5. O quinto projeto garante o beneficio da gratuidade para brigadianos e guardas municipais com apresentação de carteira feita pela EPTC
Curiosamente, o discurso de que há crise nas contas não se reflete em todas as ações da Prefeitura. No final do ano passado, foi prorrogada a isenção do pagamento do Imposto Sobre Serviços (ISS) por parte das empresas de ônibus. O imposto geraria R$ 18 milhões para o município. Na ocasião, o Sindicato (com direção alinhada à patronal) e a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), junto com o prefeito recém eleito, defendiam que com a isenção do ISS, a passagem do ônibus não aumentaria. No entanto, no início de 2017, a passagem sofreu reajuste, passando de R$ 3,75 para R$ 4,05.
Dessa vez, a alegação do executivo e dos vereadores da base aliada é de que o pacote de medidas vai impedir um novo reajuste.