Uma das características fundamentais de um governo fascista é a criação e a demonização de um inimigo. O governo Bolsonaro já elegeu quem cumprirá esse papel: os professores e as professoras. Além deles e delas, a educação de uma forma geral vem sendo atacada de forma constante pelo governo.
Ministros e o próprio presidente se valem de um discurso moralista e mentiroso sobre as práticas escolares para deslegitimar os saberes e o trabalho dos profissionais da educação.
Pautas como “ideologia de gênero”, “doutrinação ideológica” e “marxismo cultural” estão sendo divulgadas pelo governo (antes mesmo de eleito). Esse discurso, que não se verifica na prática, também faz parte de um projeto de precarização e posterior privatização da educação pública no Brasil.
Os recentes anúncios de cortes de verbas para todos os níveis da educação pública brasileira são mais um episódio desses ataques ao “inimigo” do governo.
O ataque às Universidades Federais e aos Institutos Federais, além de precarizar o ensino e a pesquisa, acaba atingindo a população como um todo, como, por exemplo, com o fechamento de Hospitais Universitários, que em sua maioria atendem exclusivamente pelo SUS.
Além disso, assistimos a uma relação muito próxima entre o governo e representantes de universidades particulares e redes de educação a distância, como, por exemplo, o fato da vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Privadas ser Elisabeth Guedes, irmã de Paulo Guedes, ministro da economia e guru do presidente, que propôs os cortes na educação pública.
Dia 15/5 estará acontecendo uma greve geral da educação, contra esse corte absurdo de verbas, bem como contra a reforma da previdência, uma vez que os professores e principalmente as professoras serão muito atingidos pela reforma, perdendo sua aposentadoria especial.
Frente Inter Antifascista