MAIS QUE UM JOGO – “Ser atacado pelo Inimigo não é uma coisa ruim, mas sim uma coisa boa”

“Ser atacado pelo Inimigo não é uma coisa ruim, mas sim uma coisa boa” – (Mao Tsé-tung)

Chegou! O ano da desgraça de vosso senhor de 2019 está oficialmente em ação, com novo Presidente acompanhado por uma corja de lunáticos, outra corja nada maluca, com ideologias anti-povo e antidemocráticas, suas velhíssimas e manjadas estratégias de falsas notícias, confrontos com a oposição, continência aos interesses estadunidenses, ultraliberalismo na economia e conservadorismo nos costumes. Costumes dos outros, é claro, pois se escondem atrás de pseudomoralismos para manipular e enganar a população mais vulnerável. Aqui no Estado, mais uma vez temos a falsa alternância de poder, visto que PSDB e MDB, junto com mais alguns Ps sempre oportunistas, se revezam faz um tempo na cabeça do Governo, mas sempre de mãos dadas no essencial: dinheiro público para os amigos rentistas e grandes empresários.

No futebol, a coisa promete ser quente. Com o crescimento da onda fascista nas ruas, ela fatalmente chegará às arquibancadas. Na real, já chegou faz tempo, e muitas das atitudes consideradas culturais nesse meio nada mais são do que reproduções de preconceito e intolerância contra o outro, a outra, seja através dos discursos e práticas racistas, homofóbicas, machistas, seja através da violência de alguns grupos contra seus adversários, a crescente elitização nos grandes clubes e a sempre presente Polícia Militar, violenta e classista. Junta isso ao MP e à grande mídia e vemos que nossa luta, mais do que necessária, é a luta pela própria sobrevivência.

Muitos grupos antifascistas foram criados nos últimos anos, envolvendo parcela significativa de torcedores brasileiros. Alguns desses grupos não são mais do que uma página no Facebook. Outros já conseguiram sair das redes e, nas ruas, mostrar atitude para a resistência. O que é muito importante! Mais importante ainda é conseguirmos concatenar essas ações, mostrando unidade, passando por cima do clubismo, que é parte fundamental no futebol mas que não agrega nada na luta antifascista. Aqui em Porto Alegre e em todas as cidades, é fundamental que haja aproximação e planejamento para práticas em conjunto entre as torcidas e frentes que já atuam nas diferentes esferas. Essa experiência de compartilhamento de um espaço de comunicação anti-hegemônica e antifascista que é o Repórter Popular já é um passo. Que possamos construir essa caminhada mais juntos, colocando em prática o bordão de não se soltar as mãos. Diferente de uma parcela dos eleitores de Bolsonaro, nós costumamos acreditar nas suas promessas de campanha e frases repletas de ódio. A resistência se faz com coragem, inteligência, organização e união. Que seja um grande ano pra todxs nós!

Frente Inter Antifascista