Em tempo de disseminação de notícias e boatos através das redes sociais, recebemos fotos do CTG Sentinelas do Pago, na cidade de Marau, que no último dia 16 recebeu um evento consular do Internacional com a presença do comunicador Fernando Baldasso.
Muito embora consideremos o que o Baldasso faz há anos peça de propaganda através de polêmicas de baixa qualidade, e portanto passe longe de jornalismo, repudiamos veementemente este ataque a sua figura no sintomático xingamento “Macaco Puto” que consegue tristemente a façanha de ser uma ofensa racista e homofóbica ao mesmo tempo.
Não importa a lenda, estória ou origem mítica que de algum modo faria com que chamar de “macaco” os torcedores e torcedoras do nosso rival Internacional (que “magicamente” neste caso em especial) não teria conotação racista porque em qualquer lugar do mundo, chamar alguém de “macaco” é e sempre será racismo.
Infelizmente, temos que reafirmar o óbvio um milhão de vezes: macaco é um xingamento racista, não importa a desculpa ou voltas que se dê para tentar legitimar o termo.
Assim como “puto” não é folclore do futebol, mas reafirmação da homofobia arraigada em nossas sociedades e em nossas cabeças.
Após o ato de vandalismo, os responsáveis pelo evento colorado cobriram as mensagens com bandeiras do clube. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento que investigará o caso. O Consulado do Grêmio em Marau emitiu nota de repúdio e classificou a atitude como não representativa do torcedor tricolor, que “preza pelo respeito acima de qualquer rivalidade”, além de colocar-se a disposição para prestar esclarecimentos.
Lamentamos o episódio porque amar o Grêmio passa longe de ser racista e homofóbico – mesmo que porventura isso se dê de modo inconsciente. Somos o clube de Lupicínio Rodrigues, Everaldo e da Coligay.
Respeitem nossa história, o Grêmio é do povo e o povo é diversidade.
Movimento Grêmio Antifascista