MAIS QUE UM JOGO – O manicômio ideológico no comando

O chefe do hospício

Janeiro acabou! Normalmente é um mês interminável, mas este pareceu ainda mais looongo!

Provavelmente, por ser o primeiro mês do (des)governo Bolsonaro. Nunca fez tanto sentido o ditado popular: “não existe nada tão ruim que não possa ficar pior”! Para provar esta afirmativa, vamos aos acontecimentos da última semana.

Brumadinho, pequeno município localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, sofre com o crime ambiental causado pela mineradora privada Vale S.A. A cidade foi arrasada com o rompimento de barragem de rejeitos tóxicos resultantes da extração de minérios. O Corpo de Bombeiros confirmou já dezenas de mortes (o número aumenta diariamente) e que 259 pessoas continuam desaparecidas. Mas, para o secretário-geral das privatizações do governo Bolsonaro, Sallim Mattar, a Vale não pode ser sacrificada pela sociedade. “A companhia não fez mal a ninguém, o CNPJ não fez mal a ninguém”. Disse o executivo. Como assim não fez mal a ninguém? Uma área gigantesca enterrada pela lama tóxica da companhia, milhares perderam tudo e 99 pessoas MORRERAM. Degradação ambiental e a tragédia anunciada que devasta famílias não foram capazes de sensibilizar o servidor público. O governo, preocupado com o Mercado, salvar os investimentos dos acionistas e marketing ideológico (caso dos militares israelenses), enquanto os habitantes da região sofrem com as suas perdas. Uma absurda troca de valores.

Mas os absurdos que saem das bocas dos ministros e secretários do Bolsonaro não param. Durante a semana, o Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, afirmou em um vídeo divulgado em sua conta no Twitter que universidade “não é para todos”, mas “somente para algumas pessoas”. Foi isso mesmo que você leu!!! Com esse comentário, o Ministro queria responder às críticas que ele recebeu nesta semana por ter declarado, em entrevista ao Valor Econômico, que “as universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual, que não é a mesma elite econômica”.

Seguindo no MEC, é lançada uma nota ridícula e paranoica contra o colunista Ancelmo Gois do Globo, chamando-o de agente da KGB, entre outras coisas esdrúxulas, por este denunciar a censura de vídeos do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) que retratam a vida de personagens como Marx e Marilene Chauí. A nota confirma a retirada dos vídeos…

A inacreditável Ministra Damares aparentemente SEQUESTROU uma criança de uma aldeia indígena para criar como sua filha. O fato é veiculado na Revista Época, do Grupo Globo, e segue a atual linha de conflito entre os Marinho e os Bolsonaro. A ala lunática, pois a ala econômica interessa aos verdadeiros donos desse país e seus tentáculos midiáticos. Enquanto isso, Mourão observa e é até mesmo elogiado por parte da esquerda como razoável democrata.

Quem está aliviado com estes acontecimentos é Flávio Bolsonaro e seu parceiro Queiroz, que sumiram do noticiário da grande mídia. É aguardado o tiro de misericórdia na família de milicianos a qualquer momento!

Para finalizar não podemos esquecer do futebol e da bagunça das punições contra os torcedores da dupla GRENAL, circo armado pelos procuradores e auditores do STJD para receberem holofotes. Os mesmos sabem que a opinião pública, a grande mídia, querem o fim das organizadas e a consequente elitização definitiva dos estádios gaúchos. Então, eles resolveram punir arbitrariamente as torcidas da dupla sem direito a defesa. Punição já cumprida anteriormente. Punição que parece ser diferente para cada Clube. Atitudes diferentes de cada Diretoria. No que diz respeito aos Vermelhos, a nossa Direção está devendo, e muito, no que diz respeito à defesa de sua Torcida. Se acumulam episódios de abuso e punição. Mas como as instituições são compostas por pessoas que frequentam os mesmos convescotes, aos quais nunca somos convidados, tratam de se entender. Não vai ser qualquer coisinha que vai estragar o rico caviar dessa gente!

Frente Inter Antifascista