Já estamos no 25º dia do governo Bolsonaro, marcados por muitos retrocessos: desde a alteração na Lei de Acesso à Informação (LAI) acerca do sigilo dos dados públicos e a assinatura do decreto que facilita a posse de armas, que demonstram a face autoritária e violenta já prevista, até a transferência da atribuição da demarcação de terras indígenas para o Ministério da Agricultura, mostrando desde já o que significa essa população o governo, que conta com a força da bancada do agronegócio.
Em dezembro, escrevemos sobre o efeito das torcidas antifascistas, lembrando que as canchas são um reflexo de nossa sociedade e, portanto, a atuação e luta das torcidas antifascistas não termina nas arquibancadas. Frente a esse governo, ao avanço do fascismo e do ódio ao diferente, precisamos ter consciência das nossas tarefas enquanto gremistas antifascistas. Sem dúvidas, a nossa presença no estádio de futebol é importante, mas também precisamos lembrar o quão privilegiado e elitista é esse espaço, o que acaba limitando nossas ações. Por isso, compreendermos que a nossa atuação deve se dar principalmente fora dos estádios, prática essencial para construção da consciência enquanto uma torcida/movimento antifascista.
Certamente é importante levantarmos a bandeira LGBT na Arena e outros trapos que reflitam sobre temas propositalmente esquecidos nos estádios de futebol, mas devemos entender o quão restrito é este público. Longe de hierarquizar as nossas tarefas, vale a lembrança a luta se faz nas ruas e precisamos unir forças para resistir ao que está por vir. Assim, convidamos a todas gremistas e todos gremistas que reconhecem a importância de um movimento antifascista no Grêmio para se juntar a nós neste ano, reconhecendo nossas tarefas coletivamente.
(Em breve faremos o 1º encontro presencial da Grêmio Antifascista, para debatermos e planejar nossas ações durante o ano. Caso alguém tenha interesse em participar, pode nos chamar na página do facebook que enviamos mais informações).
Movimento Grêmio Antifascista